quinta-feira, dezembro 31, 2009

lerdo ler: Recomeço

lerdo ler: Recomeço

Recomeço

Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…
(Portugal, séc. 20)

Foto:
Veneza / JSD (2009)

domingo, dezembro 20, 2009

E-Book RBE, criação espontânea, edição Issuu



Sílvio Maltez, Professor Bibliotecário em Mem Martins (Sintra). Humor RBE neste Natal.
Como diria a Luísa Alvim, Vival as Bibliotecas Vivas!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

domingo, dezembro 06, 2009

Calvino, Italo - entre nós

Ir aonde a gente passa para perturbar os dias e fazer pensar. Que tem isto a ver com ler e bibliotecas, literacia de informação e nós? Ora, vocês descobrem!

Se numa noite de Inverno um viajante: o livro de Calvino é o ponto de partida deste projecto multidisciplinar, que parou na estação Coimbra B. Viajante é uma experiência colectiva, proposta aos sentidos do espectador. Esta viagem é feita de sons e desenhos, vídeo, instalação, fotografia, pintura e escultura.

Simplesmente maravilhante. Obrigada Luís Januário, do blog htpp://anaturezadomal.blogspot.com, obrigada Vasco Paiva e ESEC

sexta-feira, outubro 23, 2009

A escola não pode esperar mais

Assim subscrevo a posição do Movimento Escola Pública,
publicada em blog a 21 de Outubro de 2009 (10.00), na Era AHG (Antes de Haver Governo)

O actual modelo de avaliação de professores e a divisão arbitrária da carreira em duas categorias criaram o caos nas escolas. A burocracia, a desconfiança e o autoritarismo jogam contra a melhoria das aprendizagens e contra a dedicação total dos professores aos seus alunos. Quem perde é a escola pública de qualidade.

Este ambiente crispado e negativo promete agudizar-se nas próximas semanas. Com efeito, até ao dia 31 de Outubro, se até lá nada for feito, as escolas estão obrigadas por lei a fixar o calendário da avaliação docente para o ano lectivo que agora começou. Pior ainda, sucedem-se os Directores que teimam em recusar avaliar os docentes que não entregaram os objectivos individuais, aumentando a instabilidade e a revolta.

Independentemente das alternativas que importa construir de forma ponderada, é urgente que a Assembleia da República decida sem demoras parar já com as principais medidas que desestabilizaram a Educação, sob pena de arrastar o conflito em cada escola e nas ruas.

Porque a escola não pode esperar mais, os subscritores deste manifesto apelam à Assembleia da República que assuma como uma prioridade pública a suspensão imediata do actual modelo de avaliação de professores, a revogação de todas as penalizações para os que não entregaram os objectivos individuais e o fim da divisão da carreira docente. Sem perder mais tempo.

Não podemos esperar mais. A Educação também não.

domingo, outubro 18, 2009

Fair use: construir códigos de boas práticas



Mais ideias neste wiki:
http://aaslsmackdown.wikispaces.com/Digital+Citizenship

ML, Copyright and Fair Use

Esta apresentação de 3 colegas norteamericanos faz pensar melhor em termos como direitos de autor, copyright, fair use, creative commons e literacia da informação, educação e media...
O Media Education Lab também merece uma visitinha - fica na Universidade de Temple (filadélfia, EUA), na sua Escola de Comunicações e Teatro!

terça-feira, outubro 13, 2009

Para além da literacia e da numeracia

A lot of people find themselves being creative despite their social standing.

You are the kid who is smart, so all your mates listen to your counsel.
You are the kid who is funny, so they look to you for a laugh.
You are the great dancer at the local disco.
You are the one who is good at building stuff.
You are the one who is been practising the guitar in your bedroom since you were nine.
You are the one who is good at problem solving.

I think it is a teacher’s job to spot these kids and give them a nudge in the right direction. Encourage the smart one to get smarter; encourage the funny one to read books, look at the history of comedy, organise his thoughts, write stuff down; encourage the dancer to practice, look at videos, see shows, etc.
I know there are some schools that do this, but there are a lot that don’t.

It is not just about numeracy and literacy… It’s about vigilance, kindness, empathy and creativity.

Lenny Henry(actor/comediante)

in All Our Futures: Creativity, Culture and Education / Ken Robinson et al. (1999) http://www.cypni.org.uk/downloads/alloutfutures.pdf

domingo, outubro 04, 2009

Digital, digital, até se come sem sal!




Uma biblioteca escolar digital, da Escola Secundária (do 8º ao 12º ano) de Springfield, c. 19.500 habitantes, nos subúrbios de Filadéfia, EUA
Grande trabalho de Joyce Valenza e da equipa da Biblioteca!

http://www.sdst.org/shs/library/
Ross Todd, em Lisboa pelas mãos do SLAMIT e da RBE, refrescou-nos este link. Vale a pena ir até lá e navegar.

Gracias a la vida



Quando a tristeza bate, Mercedes Sosa, agora de partida aos 74 anos, sempre me ampara. Gracias a la Vida!
Gracias a tu vida, que nos ha dado tanto. Los poetas SON profetas
Até sempre, Mercedes

Prémio IASL School Librarianship 2009. Agradecimentos e construção

Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão

Vinicius de Moraes, O operário em construção
in Nossa Senhora de Paris



Não consigo agradecer individualmente, como gostaria, as palavras de afecto que me transmitiram.

Assim, agradeço por esta forma aos que se manifestaram sobre o Prémio IASL que me foi atribuído, e que espelha, creio bem, o reconhecimento internacional que o trabalho que tanta gente tem desenvolvido, e continua a desenvolver, nas, com as e pelas bibliotecas escolares portuguesas, de há largos anos a esta parte, antes e depois do marco que foi a criação do Programa RBE (1996), liderado por Teresa Calçada desde o início, e que tem contado com o valor de construtores, mais ou menos anónimos, por todo o país, em escolas e bibliotecas públicas, de múltiplas formas, felizmente bem diversas e criativas, ultrapassando dificuldades, transformando obstáculos em vantagens ou aprendendo com fracassos e erros. O prémio recorda-nos ainda a dimensão global do trabalho na educação e na cultura, e nas bibliotecas escolares em particular, e a Casa Comum em que nos movemos e por que somos todos responsáveis.

Receber este prémio, além da alegria que naturalmente provoca, emocionou-me porque me fez lembrar o que devo ao empenhamento de tantos, que é impossível nomear, mas que, espero, sintam o meu reconhecimento. Somos hoje o que somos - e muito haverá sempre a corrigir e melhorar! - também pelo contributo de muitos que vieram antes de nós, nos acolheram e transmitiram vontades, sabedoria e ganas de agir, dando-nos um exemplo a seguir na ligação aos que vierem depois de nós. Por isso, cumpre-me nomear duas Senhoras de referência no caminho que me trouxe às bibliotecas escolares e ao trabalho em rede: Maria Natália Pedroso de Lima, que em Coimbra me envolveu para sempre, e Maria José Moura, cuja determinação e acção nos continuam a inspirar.

Saibamos todos e todas que este prémio IASL School Librarianship 2009, sendo individual, não será nunca, definitivamente, só meu. A alegria não podia, pois, ser maior :D.
Não cresceremos em vão.

sábado, agosto 22, 2009

081002-RWP_8990


081002-RWP_8990, upload feito originalmente por antwerpenR.

Oh felicidade
aquela coisa pequenina
que nem se aprende nem se ensina:
a gente dá por ela
e vai praticando...

Boas férias!

sábado, agosto 01, 2009

quinta-feira, julho 30, 2009

videos de férias do lerdo ler 2009-02


Original de Nando da Cruz incluído no disco Livre (Cleanfeed, 2004) com Bernardo Sassetti a solo, no piano. As fotos de Cabo Verde são da autoria de Louk Numan. Pode vê-las em http://www.pbase.com/loukio/cabo_verd...

videos de férias do lerdo ler 2009-01


geracional, mas mesmo assim so true!

sexta-feira, julho 10, 2009

Fundamentos de economia do conhecimento na rede



Para que esa manera de proceder instintivamente egoísta y codiciosa del ser humano
sea domeñada
o, más allá todavía,
para que esa pulsión utilitarista e interesada
encuentre beneficio y provecho en ser desprendida y pródiga
—en hacer prácticamente todo lo contrario de lo que el reflejo más instintivo parece marcarnos—,
debe existir un marco dentro del cual, duraderamente,
sea más ventajoso comportarse dadivosamente, con la largura del que da lo que tiene y,
mediante el acto de la donación,
obtener
una especie de capital más y mejor reconocido en la comunidad que debe apreciarlo.

DIGITAL

Digital marketing is not (necessarily) about ebooks. Ebooks are a format, like paperback or hardcover – and while people may prefer one format over another, they’re not going to have the option of any format if they don’t know that your books exist. Digital marketing is about getting information about your books in as many places as humanly possible – so that the ever-growing number of people who are online can find out about them.
L JN Dawson (2009)

quarta-feira, julho 08, 2009

Certezas, precisam-se

Certezas, precisam-se

(no mês em que se publicou uma sua prosa inédita, Bárbara Ruiva)

Preciso urgentemente de adquirir meia dúzia de valores absolutos,
inexpugnáveis e impenetráveis,
firmes e surdos como rochedos.

Preciso urgentemente de adquirir certezas,
certezas inabaláveis, imensas certezas, montes de certezas,
certezas a propósito de tudo e de nada,
afirmadas com autoridade, em voz alta para que todos oiçam,
com desassombro, com ênfase, com dignidade,
acompanhadas de perfurantes censuras no olhar carregado, oblíquo.

Preciso urgentemente de ter razão,
de ter imensas razões, montes de razões,
de eu próprio me instituir em razão.
Ser razão!
Dar um soco furibundo e convicto no tampo da mesa
e espadanar razões nas ventas da assistência.

Preciso urgentemente de ter convicções profundas,
argumentos decisivos,
ideias feitas à altura das circunstâncias.
Preciso de correr convictamente ao encontro de qualquer coisa,
de gritar, de berrar, de ter apoplexias sagradas
em defesa dessa coisa.
Preciso de considerar imbecis todos os que tiverem opiniões diferentes
da minha,
de os mandar, sem rebuço, para o diabo que os carregue,
de os prejudicar, sem remorsos, de todas as maneiras possíveis,
de lhes tapar a boca,
de lhes cortar as frases no meio,
de lhes virar as costas ostensivamente.
Preciso de ter amigos da mesma cor, caras unhacas,
que me dêem palmadinhas nas costas,
que me chamem pá e me façam brindes
em almoços de camaradagem.
Preciso de me acocorar à volta da mesa do café,
e resolver os problemas sociais
entre ruidosos alívios de expectoração.
Preciso de encher o peito e cantar loas,
e enrouquecer a dar vivas,
de atirar o chapéu ao ar,
de saber de cor as frequências dos emissores.
O que tudo são símbolos e sinais de certezas.
Certezas!
Imensas certezas! Montes de certezas!
Pirinéus, Urais, Himalaias de certezas!

quarta-feira, julho 01, 2009

PRIDE BRIO LIBRARY BIBLIOTECA


A Biblioteca Pública de Nova Iorque agradece o apoio que lhe deram na campanha para que se mantivesse aberta 6 dias por semana(19.06.2009)

PRIDE BRIO LIBRARY BIBLIOTECA






Os cidadãos corresponderam ao apelo da Biblioteca Pública de Nova Iorque, numa campanha para que não fechassem a biblioteca! (9.06.2009)

domingo, junho 28, 2009

Video de Bibliotecas escolares de Loulé, 2009

GRANDE DIA

GRANDE DIA PARA A COMUNIDADE DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES PORTUGUESAS!
As instalações da FIL no Parque das Nações, em Lisbs, receberam no dia 26 de Junho o Forum RBE, da RBE Rede de Bibliotecas Escolares, hoje com mais de 2000 bibliotecas escolares, e que começou há 13 anos em 1996, coordenada desde o seu início por Maria Teresa Calçada, que abriu o Forum com uma intervenção estimulante.
Um espaço amplo, no interior de um dos edifícios emblemáticos da EXPO'98, belamente decorado com imagens impressas em grandes dimensões, e imagens e sons (3 écrans gigantes), de e sobre as bibliotecas escolares portuguesas, acolheu cerca de 1500 participantes, incluindo professores bibliotecários, bibliotecários de leitura pública, directores de escolas, e outros elementos das equipas responsáveis pelas bibliotecas, revelando grande interesse nas comunicações e um sentimento de alegria.
A alegria dos participantes, embora discreta à boa maneira portuguesa, percebia-se nos rostos, e era bem compreensível, pois na semana anterior o Ministério criara lugares em todas as escolas para professores bibliotecários (um ou mais profissionais por cada escola ou agrupamento de escolas, estimando-se em cerca d 1500 lugares, em todo o país - com excepção da Madeira e dos Açores, onde os Governos Regionais legislam com autonomia), reconhecendo o valor das equipas das bibliotecas escolares, e criando ainda 70 lugares para Coordenadores Intermunicipais da Rede de Bibliotecas Escolares (professores bibliotecários especialistas, que trabalham com as escolas e outras parcerias locais RBE, em especial com as Bibliotecas Municipais e de Leitura Pública). Os professores colocados nestas vagas deverão iniciar funções nos novos lugares já a partir de Setembro de 2009, por um período de 4 anos, renovável.
É de sublinhar a presença da Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que falou na sessão de abertura, e de outros decisores políticos relacionados com o crescimento e o nascimento da Rede, como Marçal Grilo, ministro em 1996, e que também usou da palavra.
Depois de uma mesa redonda sobre o presente e o futuro das bibliotecas escolares, incluindo 5 vozes distintas - Carlos Pinheiro, professor coordenador de uma biblioteca escolar em Sintra, Elsa Conde, coordenadora intermunicipal vinda do Sul, Vera Silva, bibliotecária municipal do Seixal, Manuela Barreto Nunes, professora universitária e investigadora, vinda do Norte, e Ana Bela Martins, membro do Gabinete Coordenador da Rede, o almoço permitiu conviver e trocar ideias.
À tarde, António Firmino da Costa (professor do ISCTE especialista em avaliação, que também coordenou estudos sobre Literacia) apresentou as conclusões da avaliação externa em desenvolvimento sobre a RBE. Definindo 2009 como o início de uma nova fase para a Rede, para o papel essencial nas aprendizagens das bibliotecas escolares e dos seus profissionais, destacou 3 factores do sucesso da RBE:
1. a visão de 1996, que mantém actualidade;
2. a liderança, incluindo a acção determinante de Teresa Calçada ao longo dos 13 anos
3. o suporte político-insititucional, indispensável, incluindo investimento financeiro (40 milhões de Euros em 13 anos)
Seguiam-se-lhe José Luís Ramos, professor da Univ. de Évora, sobre o Plano Tecnológico da Educação, e Isabel Alçada, Comissária do PNL Plano Nacional de Leitura, e que coordenou o grupi que produziu em 1996 um Relatório oficial com ecomendações para a criação do Programa, e uma comunicação de grande interesse sobre As práticas de leitura dos nativos digitais, por Daniel Cassany, da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. Por fim, a música preencheu todos, pelas vozes e instrumentos do Coro da Universidade de Lisboa.

domingo, junho 21, 2009

quinta-feira, junho 18, 2009

Literacia & ironia


"Com um maior grau de literacia financeira, Constâncio terá um aliado de peso na supervisão à banca: os clientes."
Pedro Sousa Carvalho, "Diário Económico", 17-6-2009

Depressão escondida



Se repararmos bem, Portugal tem todos os sinais de uma depressão escondida, e já não é de hoje. As forças que Portugal não utiliza são estas: os nossos jovens licenciados que trabalham em call centers, os nossos desempregados de meia-idade que já não encontram trabalho, quem trabalhou quase meio século e não se reforma para dar lugar aos mais novos, os nossos idosos que depois de uma vida de trabalho estão abandonados em casa. Como digo, esta depressão escondida já não vem de hoje: ela está também em gerações de trabalhadores (e empresários) em que a formação foi muito baixa. Mas as soluções também podem vir em conjunto: se isentarmos de propinas os jovens que queiram fazer assistência à terceira idade, por exemplo, atacamos o problema por dois lados ao mesmo tempo.
A solução para a nossa depressão escondida passa por imaginação. E passa, sobretudo, por um acto de vontade. Não é sempre assim, aliás?

Rui Tavares (ruitavares.net)

domingo, junho 14, 2009

Sinais dos tempos Alegria geracional


Optimista inveterada, a alegria sempre me encheu os dias. Este video faz-me sentir sinais de bom astral. A publicidade é um texto fundamental para entender o futuro próximo.
Haja sinais, e gente para os ler.
Com um obrigado à equipa da LPM e a esse desconhecido detergente que suscitou a coisa

sexta-feira, junho 12, 2009



2007
Genial
Not my tags? No tags!

Não há BOA tecnologia sem fracassos

You can't possibly get a good technology going without an enormous number of failures. It's a universal rule.
If you look at bicycles, there were thousands of weird models built and tried before they found the one that really worked. You could never design a bicycle theoretically. Even now, after we've been building them for 100 years, it's very difficult to understand just why a bicycle works - it's even difficult to formulate it as a mathematical problem. But just by trial and error, we found out how to do it, and the error was essential.
em entrevista (1998)
Mesmo assim,
dava jeito ir teorizando para melhorar a relação custo/benefício, não era?

terça-feira, junho 09, 2009

13 anos da rede de bibliotecas escolares de viva voz - I



Teresa Calçada, Portugal, 2009
Coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares

A biblioteca escolar considerada um mínimo, um direito comum, de toda a gente, e já não um plus, uma aspiração extraordinária e um bem de alguns.
A biblioteca escolar multimodos, do livro à web, do som à cor, da letra ao gesto, da memória à invenção.
Literacia no coração do tempo de hoje, literacia no pulsar da biblioteca.
Direito, exigência, realidade
RBE, 2009

Da próxima vez, era bom ter um video menos longo, com outras imagens e legendas. Câmara parada aguenta mal 7 minutos. Som óptimo, falas nítidas.

Ler mais no Blog do ForumRBE

sexta-feira, junho 05, 2009

Para saber do trabalho infantil é preciso torná-lo visível

http://educar.files.wordpress.com/2009/06/foto.jpg

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Obrigada, Paulo Guinote.
Para os dias em que perdemos o foco do essencial

Diz muito bem o Mal. Votar, votar a toda a brida. Contra!

A Natureza do Mal: Votar contra o Sócrates

Como tomar banho na praia, beber um copo ou dormir são actos insignificantes, é preferível a insignificância do nosso voto. Um voto contra Sócrates, que representa o pior dos últimos trinta e cinco anos: inscreveu-se no PS porque se enganou na porta, assinou projectos que simbolizam a degradação imobiliária do país interior, transformou o PS no partido dos Coelhos e dos Varas, dos Campos e dos Vitais, esteve na trapalhada do Freeport, na entrega do CCB, criou a dona Lurdes e a dona Ana, privatizou o ar e nacionalizou o BPN, foi elogiado ad nausea pelo dr. Dias Loureiro. Aos socialistas que votam nessa sêxtupla de pesadelo que assombra as rotundas da pátria- Campos e Estrela, Gomes e Estrela, Capoulas e Estrela, Vital e Estrela, Elisa e Estrela – devíamos dizer: jamais esqueceremos.


Copiado com gosto

sexta-feira, maio 29, 2009

Amanhã



Ver Percurso aqui

O ponto de encontro do Movimento Escola Pública, para os professores das escolas sem cortejo próprio, é no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Joaquim António Aguiar (a que sobe do Marquês para os Amoreiras).

quinta-feira, maio 28, 2009

Daniel Cassany em Lisboa, 13º ano RBE



No dia 26 de Junho, o Forum RBE traz a Lisboa Daniel Cassany (Barcelona), e reunirá na FIL centenas e centenas de profissionais envolvidos com as bibliotecas nas escolas.

Podemos aproveitar o mês que falta para comemorar os 13 anos da RBE (uma mulherzinha...) e colocar questões, comentários e sugestões através do Blog da RBE.
Gerar ideias também é gerir informação

sábado, maio 23, 2009

quinta-feira, maio 21, 2009

Darwich voz da Palestina

Vamos ouvir falar da Palestina e de Darwich hoje no Clube Vilafranquense,Vila Franca de Xira, pelas 21.30
pela mão da Cooperativa Alves Redol, com Paulo Rato, José Goulão e Júlio Magalhães


Mais nous souffrons d'un mal incurable qui s'appelle l'espoir. Espoir de libération et d'indépendance. Espoir d'une vie normale où nous ne serons ni héros, ni victimes. Espoir de voir nos enfants aller sans danger à l'école. Espoir pour une femme enceinte de donner naissance à un bébé vivant, dans un hôpital, et pas à un enfant mort devant un poste de contrôle militaire. Espoir que nos poètes verront la beauté de la couleur rouge dans les roses plutôt que dans le sang. Espoir que cette terre retrouvera son nom original : terre d'amour et de paix. Merci pour porter avec nous le fardeau de cet espoir. "


Mas sofremos de um mal incurável que se chama esperança. Esperança da libertação e da independência. Esperança de uma vida normal em que não seremos nem heróis, nem vítimas. Esperança dever os nossos filhos irem sem perigo à escola. Esperança para uma mulher grávida de dar à luz um bebé vivo, num hospital, e não uma criança morta frente a um posto de controle militar. Esperança em que os nossos poetas verão a beleza da cor vermelha nas rosas, em vez de no sangue. Esperança em que esta terra voltará a encontrar o seu nome original: terra de amor e de paz. Obrigada por carregarem connosco o fardo desta esperança (200?)

Sometimes I feel as if I am read before I write. When I write a poem about my mother, Palestinians think my mother is a symbol for Palestine. But I write as a poet, and my mother is my mother. She’s not a symbol.

Por vezes sinto que me leram antes que eu escrevesse. Quando escrevo um poema sobre a minha mãe, os palestinianos pensam que a minha mãe é um símbolo da Palestina. Mas eu escrevo como um poeta,e a minha mãe é a minha mãe. Ela não é um símbolo. (2001)



Ler mais

quarta-feira, maio 13, 2009

ensinar e aprender, objectos e objectivos



As lições

 

Ensinaram-me a falar

aprendi a escrever.

 

Ensinaram-me a escrever

aprendi a falar.

 

Ensinaram-me a ler

aprendi a ver.

 

Ensinaram-me a ouvir

aprendi a calar.

 

Ensinaram-me a pedir

aprendi a dar.

 

Ensinaram-me a comprar

aprendi a ter.

 

Ensinaram-me a beber

aprendi a rir.

 

Ensinaram-me a fugir

aprendi a ficar.

 

Ensinaram-me a aprender

aprendi a ignorar.

 

Ensinaram-me a amar

aprendi a criar.

 

Ensinaram-me a viver

aprendi a morrer.

 

Ensinaram-me a estar só

aprendi a estar.

 

Ensinaram-me a ser livre

aprendi a ser.

 

Ana Hatherly (1929-    )

 

In Antologia da poesia portuguesa. Org. M. Alberta Meneres, E. M. Melo  Castro. Vol. 2: 1940-1977, Lisboa, Moraes Editores, 1979, Col. Círculo de Poesia, p.76-77

 

sábado, abril 25, 2009




diariogauche (2007)

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo


Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, abril 22, 2009

Escrever na ou para a net & Escola (qual escola?)



«Temos necessidade de uma nova didáctica que não esteja subordinada ao "diálogo professor-aluno" e que encare os média como verdadeiras "máquinas de representar" (Jacquinot, 1993a) e verdadeiras "máquinas de comunicar" (Perrault, 1989).» (Oliveira, 2004).

Tal didáctica está por inventar…
Para produzir e-conteúdos precisamos de:

1) uma estrutura de enquadramento/produção/difusão (que pode ser um Centro de Recursos);  

2) recursos humanos (equipas de desenvolvimento que integrem generalistas, “sábios” como autores ou professores, “escriturários digitais” para uso adequado das ferramentas informáticas, e artistas que possam contribuir para a qualidade estética dos materiais); e  

3) alguns equipamentos (relativamente acessíveis no seu custo).

De resto, precisamos, sobretudo, de muita imaginação e muita coordenação de esforços, a par de motivação, incentivos e liderança com visão estratégica.

Oliveira, Lia Raquel (2006) 

Globalização e (des) igualdades: os desafios curriculares. CIEd 2006 

Actas do VII Colóquio sobre Questões Curriculares (III Colóquio Luso-Brasileiro

domingo, abril 19, 2009

Samuel, 3º dia



Chegou. 
Tomou o lugar de si mesmo
Inteiro, suave, definitivo

Sonhos perfeitos, olhos tamanhos

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Ruminações

imagem JSD (2009)


Os meninos, a quem são dirigidas estas palavras de muita sabedoria, não devem imitar o analfabetismo dos bois nem dos homens que andam atrás ou à frente deles. (...) Numa coisa, porém, devem imitar os bois: na ruminação. E isto quer dizer: ler, ler bem, ler com os olhos e o pensamento. 
António José Forte. Os bois e os livros in Uma faca nos dentes (2003), p. 124

 

São os livros pasto de ruminação, no sentido que o poeta lhe dá, que é o da leitura reflexiva, crítica, educada e educadora; antes de mais, de cada leitor em si. Depois, desse leitor para outros, através da comunicação sobre o lido, e da migração entre textos, entre ideias. Mais rica se mais pensada, criticamente, acrescentando um bocadinho de cada um – uma ideia, uma pergunta... - e assim mais apta à transformação. Como diriam as avós da minha infância, analfabetas algumas porém pensantes todas, mais capaz de medrar

Nos livros, lemos com os olhos tudo: as palavras, os sinais, as cores e os desenhos, o próprio formato do objecto. Nos outros lugares do lido, como os rectângulos luminosos por onde espreitamos palavras, sinais e outros alimentos do nosso ruminar, face a face como as telas pintadas ou o som directo dos instrumentos musicais, ou emitidos à distância por misteriosos meios como a Internet, aprisionados em discos brilhantes ou em outros mil disfarces ainda por descobrir, olhos e ouvidos, como nos audio-livros, ou na voz que simplesmente lê alto, desafiam o pensamento, e com ele alimentam a construção de cada qual como leitor, ou leitora. 

Aprender a ler, a ser leitor, é caminho de muito ruminar. Carece, necessariamente, de muitos livros e de outros formatos ou suportes, quantidades acessíveis a sujeitos dispostos, para tal leitura animados, e apoiados. Vive ainda, do mais precioso dos bens, o tempo - para si, e para ler. 

No coração dos meios que fomos inventando para formar leitores para ler o mundo, as bibliotecas são incontornáveis: tal como na alegoria dos ruminantes, pasto de ler com os olhos e o pensamento. Desejavelmente, meios preciosos para formar leitores,  autores eles próprios do sentido do que lerem e imaginarem. Recursos que distinguem, em séculos cada vez mais exigentes, quem sabe, e pode, aprender e exercitar o ler o mundo, no sentido que lhe deu Paulo Freire. 

Promover a leitura, a formação de leitores, a criação e boa gestão de bibliotecas, com  destaque naturalmente para as escolares e as públicas, mas também de museus e outros recursos, é assumir a Cultura como factor essencial do Desenvolvimento nas sociedades actuais. Fazê-lo para toda a gente, com toda a gente, é desafio inevitável quando se defende o desenvolvimento das democracias, e o aumento de uma riqueza maior do Planeta, tantas vezes ameaçada: a capacidade dos seres humanos de entender, compreender, criar.

Fazer tudo isto, a sério, implica conhecimento, profissionais - gente preparada e aplicada - meios materiais, criatividade. Tem de ser feito com rapidez, porém sem pressa. Com firmeza, porém na maior das liberdades. A muitas mãos, colaborativamente, com brio porém sem protagonismos que dispersem energias. Falhando e emendando, repetindo e inventando. Ninguém disse que era fácil... Implica, além disso, humor e alegria. Alegria que ajuda ao fluir da acção e da comunicação - conquistando tempo para cada qual se construir leitor, fazemos o tempo crescer, sentir-se maior mesmo quando se mede em escassos minutos de relógio. 

Formar leitores para ler o mundo significa assim agir para alargar a elasticidade do tempo psicológico, fenómeno que os sábios do cérebro explicarão. Se formos capazes de o cumprir, formar leitores para ler o mundo é, afinal, actuar para que no futuro os leitores, e o mundo, se transformem e se reescrevam. Sabendo-o, não o temem nem se diminuem pelo medo da transformação. 

Formar leitores – e leitoras – para ler o mundo vem-se tornando cada vez mais urgente. Se calhar, foi-o sempre. Nós é que ainda não o tínhamos lido bem, imitando o maravilhoso ruminar dos bois no texto de Forte, e um bocadinho mais: lendo com vagar, com os olhos, o coração e o pensamento. 

 

Maria José Vitorinopor desafio da Casa da Leitura,Vila Franca de Xira, 12.01.2009


António José Forte (1931-1988). Nos anos 50, integrou o Grupo do Café Gelo, em Lisboa Foi funcionário da Fundação Calouste Gulbenkian, trabalhando, durante mais de 20 anos, em Bibliotecas Itinerantes. Publica desde 1958.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

Slowmile Arte Aprendendo Viajando



Artistas, professores, gente amante do vagar. Organizam-se para ensinar e aprender, agindo e viajando, a prática da arte, a criatividade. Abrem as iniciativas a outros, em paisagens naturais ou ambientes urbanos.
Percursos pedestres, em diferentes lugares deste Planeta. Andando e desenhando. Ao compasso da atenção e do traço.
Próximos destinos: Sintra, Nova Iorque
Imagem de Florença (2008)

terça-feira, janeiro 06, 2009

Magos em Dia de Reis, mais 500 menos 500 anos...


imagem Leonardo Da Vinci (séc. XV)


Qual seria sua mensagem para os jovens de hoje?



Gostaria que tentassem, apesar de tudo (e talvez esteja aí o elemento de nostalgia que você notou), apesar de todas as tendências em contrário e de todas as pressões de fora, reter na consciência e na memória o valor da durabilidade, da constância, do compromisso.


Eles não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos. Isso não é mais possível e, na verdade, a vida humana individual, apesar de ser muito curta, abominavelmente curta, é a única entidade da sociedade de agora que tem sua longevidade aumentada. Sim, somente a vida humana individual vê crescer sua durabilidade, enquanto a vida de todas as outras entidades sociais que a rodeiam — instituições, idéias, movimentos políticos — é cada vez mais curta.


Assim, o único sentido duradouro, o único significado que tem chance de deixar traços, rastos no mundo, de acrescentar algo ao mundo exterior, deve ser fruto de seu próprio esforço e trabalho. Os jovens podem contar unicamente com eles próprios e só haverá em suas vidas o sentido e a relevância que forem capazes de lhes dar. Sei que essa é uma tarefa muito difícil... mas é a única coisa que posso lhes dizer





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