GRANDE DIA PARA A COMUNIDADE DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES PORTUGUESAS!
As instalações da FIL no Parque das Nações, em Lisbs, receberam no dia 26 de Junho o Forum RBE, da RBE Rede de Bibliotecas Escolares, hoje com mais de 2000 bibliotecas escolares, e que começou há 13 anos em 1996, coordenada desde o seu início por Maria Teresa Calçada, que abriu o Forum com uma intervenção estimulante.
Um espaço amplo, no interior de um dos edifícios emblemáticos da EXPO'98, belamente decorado com imagens impressas em grandes dimensões, e imagens e sons (3 écrans gigantes), de e sobre as bibliotecas escolares portuguesas, acolheu cerca de 1500 participantes, incluindo professores bibliotecários, bibliotecários de leitura pública, directores de escolas, e outros elementos das equipas responsáveis pelas bibliotecas, revelando grande interesse nas comunicações e um sentimento de alegria.
A alegria dos participantes, embora discreta à boa maneira portuguesa, percebia-se nos rostos, e era bem compreensível, pois na semana anterior o Ministério criara lugares em todas as escolas para professores bibliotecários (um ou mais profissionais por cada escola ou agrupamento de escolas, estimando-se em cerca d 1500 lugares, em todo o país - com excepção da Madeira e dos Açores, onde os Governos Regionais legislam com autonomia), reconhecendo o valor das equipas das bibliotecas escolares, e criando ainda 70 lugares para Coordenadores Intermunicipais da Rede de Bibliotecas Escolares (professores bibliotecários especialistas, que trabalham com as escolas e outras parcerias locais RBE, em especial com as Bibliotecas Municipais e de Leitura Pública). Os professores colocados nestas vagas deverão iniciar funções nos novos lugares já a partir de Setembro de 2009, por um período de 4 anos, renovável.
É de sublinhar a presença da Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, que falou na sessão de abertura, e de outros decisores políticos relacionados com o crescimento e o nascimento da Rede, como Marçal Grilo, ministro em 1996, e que também usou da palavra.
Depois de uma mesa redonda sobre o presente e o futuro das bibliotecas escolares, incluindo 5 vozes distintas - Carlos Pinheiro, professor coordenador de uma biblioteca escolar em Sintra, Elsa Conde, coordenadora intermunicipal vinda do Sul, Vera Silva, bibliotecária municipal do Seixal, Manuela Barreto Nunes, professora universitária e investigadora, vinda do Norte, e Ana Bela Martins, membro do Gabinete Coordenador da Rede, o almoço permitiu conviver e trocar ideias.
À tarde, António Firmino da Costa (professor do ISCTE especialista em avaliação, que também coordenou estudos sobre Literacia) apresentou as conclusões da avaliação externa em desenvolvimento sobre a RBE. Definindo 2009 como o início de uma nova fase para a Rede, para o papel essencial nas aprendizagens das bibliotecas escolares e dos seus profissionais, destacou 3 factores do sucesso da RBE:
1. a visão de 1996, que mantém actualidade;
2. a liderança, incluindo a acção determinante de Teresa Calçada ao longo dos 13 anos
3. o suporte político-insititucional, indispensável, incluindo investimento financeiro (40 milhões de Euros em 13 anos)
Seguiam-se-lhe José Luís Ramos, professor da Univ. de Évora, sobre o Plano Tecnológico da Educação, e Isabel Alçada, Comissária do PNL Plano Nacional de Leitura, e que coordenou o grupi que produziu em 1996 um Relatório oficial com ecomendações para a criação do Programa, e uma comunicação de grande interesse sobre As práticas de leitura dos nativos digitais, por Daniel Cassany, da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona. Por fim, a música preencheu todos, pelas vozes e instrumentos do Coro da Universidade de Lisboa.
3 comentários:
Comunicamos que hiperligamos a sua notícia em:
http://194.79.88.139/rbep/one_news.asp?IDNews=654
Obrigado.
EC
RBEP
Obrigada
Concordo em absoluto com o vosso comentário na RBEP
Apesar de ser um passo decisivo na caminhada para um melhor ensino-aprendizagem, poderão, no futuro, ser problemáticos os efeitos da execução desta portaria, se não forem acautelados alguns aspectos que ficaram esquecidos. Entre estes aspectos salientamos a ainda nula referência aos Auxiliares de Acção Educativa, dado o seu papel essencial na constituição das equipas para o funcionamento, manutenção e estabilidade dos serviços da Biblioteca Escolar.
MJV
Quando soube da noticia fiquei cheia de alegria, pois estar na BE do 1º ciclo até aos 65 anos seria um sonho, seria uma realizaçao profissional e emocional absolutas, e eis senão quando me deparo com mil entraves:
a formação que não tenho, porque ao longo dos últimos 3 anos, nenhuma das quais onde estive inscrita se realizou, por falta de pessoas inscritas; a formação em TIC que pelos vistos também não possuo, ainda que na minha licenciatura tenha tido dois anos de TIC, fiquei a saber que isso não tem valor nenhum...e de novo constatei, com muito pesar meu, que o sonho de ser professora bibliotecária dos meus meninos pequeninos é afinal uma impossibilidade.
de novo verifiquei que continua o ministério e a rbep a não destrinçar a profunda diferença entre ser professor bibliotecário numa eb1 e professor bibliotecário numa eb 2,3.
ou seja, a alegria inicial deu lugar a todo um rol de lamentos e o meu afastamento imposto, desta profissão/missão que tanto me apaixona, só me entristece.
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