Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
quinta-feira, dezembro 31, 2009
Recomeço
Recomeça...
Se puderesSem angústiaE sem pressa.E os passos que deres,Nesse caminho duroDo futuroDá-os em liberdade.Enquanto não alcancesNão descanses.De nenhum fruto queiras só metade.E, nunca saciado,Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.Sempre a sonhar e vendoO logro da aventura.És homem, não te esqueças!Só é tua a loucuraOnde, com lucidez, te reconheças…
domingo, dezembro 20, 2009
E-Book RBE, criação espontânea, edição Issuu
Sílvio Maltez, Professor Bibliotecário em Mem Martins (Sintra). Humor RBE neste Natal.
Como diria a Luísa Alvim, Vival as Bibliotecas Vivas!
quinta-feira, dezembro 10, 2009
domingo, dezembro 06, 2009
Calvino, Italo - entre nós
Se numa noite de Inverno um viajante: o livro de Calvino é o ponto de partida deste projecto multidisciplinar, que parou na estação Coimbra B. Viajante é uma experiência colectiva, proposta aos sentidos do espectador. Esta viagem é feita de sons e desenhos, vídeo, instalação, fotografia, pintura e escultura.
sexta-feira, outubro 23, 2009
A escola não pode esperar mais
O actual modelo de avaliação de professores e a divisão arbitrária da carreira em duas categorias criaram o caos nas escolas. A burocracia, a desconfiança e o autoritarismo jogam contra a melhoria das aprendizagens e contra a dedicação total dos professores aos seus alunos. Quem perde é a escola pública de qualidade.Este ambiente crispado e negativo promete agudizar-se nas próximas semanas. Com efeito, até ao dia 31 de Outubro, se até lá nada for feito, as escolas estão obrigadas por lei a fixar o calendário da avaliação docente para o ano lectivo que agora começou. Pior ainda, sucedem-se os Directores que teimam em recusar avaliar os docentes que não entregaram os objectivos individuais, aumentando a instabilidade e a revolta.Independentemente das alternativas que importa construir de forma ponderada, é urgente que a Assembleia da República decida sem demoras parar já com as principais medidas que desestabilizaram a Educação, sob pena de arrastar o conflito em cada escola e nas ruas.Porque a escola não pode esperar mais, os subscritores deste manifesto apelam à Assembleia da República que assuma como uma prioridade pública a suspensão imediata do actual modelo de avaliação de professores, a revogação de todas as penalizações para os que não entregaram os objectivos individuais e o fim da divisão da carreira docente. Sem perder mais tempo.Não podemos esperar mais. A Educação também não.
domingo, outubro 18, 2009
ML, Copyright and Fair Use
O Media Education Lab também merece uma visitinha - fica na Universidade de Temple (filadélfia, EUA), na sua Escola de Comunicações e Teatro!
terça-feira, outubro 13, 2009
Para além da literacia e da numeracia
It is not just about numeracy and literacy… It’s about vigilance, kindness, empathy and creativity.
sábado, outubro 10, 2009
domingo, outubro 04, 2009
Digital, digital, até se come sem sal!
Uma biblioteca escolar digital, da Escola Secundária (do 8º ao 12º ano) de Springfield, c. 19.500 habitantes, nos subúrbios de Filadéfia, EUA
Grande trabalho de Joyce Valenza e da equipa da Biblioteca!
http://www.sdst.org/shs/library/
Ross Todd, em Lisboa pelas mãos do SLAMIT e da RBE, refrescou-nos este link. Vale a pena ir até lá e navegar.
Gracias a la vida
Quando a tristeza bate, Mercedes Sosa, agora de partida aos 74 anos, sempre me ampara. Gracias a la Vida!
Gracias a tu vida, que nos ha dado tanto. Los poetas SON profetas
Até sempre, Mercedes
Prémio IASL School Librarianship 2009. Agradecimentos e construção
sábado, agosto 22, 2009
081002-RWP_8990
Oh felicidade
aquela coisa pequenina
que nem se aprende nem se ensina:
a gente dá por ela
e vai praticando...
Boas férias!
sábado, agosto 01, 2009
videos de férias do lerdo ler 2009-03
Simples e fundamental
Música, etecetera e tal
Jobim, Toquinho, é natural
Que lerdamente se leia menos mal...
quinta-feira, julho 30, 2009
videos de férias do lerdo ler 2009-02
Original de Nando da Cruz incluído no disco Livre (Cleanfeed, 2004) com Bernardo Sassetti a solo, no piano. As fotos de Cabo Verde são da autoria de Louk Numan. Pode vê-las em http://www.pbase.com/loukio/cabo_verd...
sexta-feira, julho 17, 2009
sexta-feira, julho 10, 2009
Fundamentos de economia do conhecimento na rede
DIGITAL
Digital marketing is not (necessarily) about ebooks. Ebooks are a format, like paperback or hardcover – and while people may prefer one format over another, they’re not going to have the option of any format if they don’t know that your books exist. Digital marketing is about getting information about your books in as many places as humanly possible – so that the ever-growing number of people who are online can find out about them.
quarta-feira, julho 08, 2009
Certezas, precisam-se
Preciso urgentemente de adquirir meia dúzia de valores absolutos,
inexpugnáveis e impenetráveis,
firmes e surdos como rochedos.
Preciso urgentemente de adquirir certezas,
certezas inabaláveis, imensas certezas, montes de certezas,
certezas a propósito de tudo e de nada,
afirmadas com autoridade, em voz alta para que todos oiçam,
com desassombro, com ênfase, com dignidade,
acompanhadas de perfurantes censuras no olhar carregado, oblíquo.
Preciso urgentemente de ter razão,
de ter imensas razões, montes de razões,
de eu próprio me instituir em razão.
Ser razão!
Dar um soco furibundo e convicto no tampo da mesa
e espadanar razões nas ventas da assistência.
Preciso urgentemente de ter convicções profundas,
argumentos decisivos,
ideias feitas à altura das circunstâncias.
Preciso de correr convictamente ao encontro de qualquer coisa,
de gritar, de berrar, de ter apoplexias sagradas
em defesa dessa coisa.
Preciso de considerar imbecis todos os que tiverem opiniões diferentes
da minha,
de os mandar, sem rebuço, para o diabo que os carregue,
de os prejudicar, sem remorsos, de todas as maneiras possíveis,
de lhes tapar a boca,
de lhes cortar as frases no meio,
de lhes virar as costas ostensivamente.
Preciso de ter amigos da mesma cor, caras unhacas,
que me dêem palmadinhas nas costas,
que me chamem pá e me façam brindes
em almoços de camaradagem.
Preciso de me acocorar à volta da mesa do café,
e resolver os problemas sociais
entre ruidosos alívios de expectoração.
Preciso de encher o peito e cantar loas,
e enrouquecer a dar vivas,
de atirar o chapéu ao ar,
de saber de cor as frequências dos emissores.
O que tudo são símbolos e sinais de certezas.
Certezas!
Imensas certezas! Montes de certezas!
Pirinéus, Urais, Himalaias de certezas!
quarta-feira, julho 01, 2009
PRIDE BRIO LIBRARY BIBLIOTECA
A Biblioteca Pública de Nova Iorque agradece o apoio que lhe deram na campanha para que se mantivesse aberta 6 dias por semana(19.06.2009)
PRIDE BRIO LIBRARY BIBLIOTECA
Os cidadãos corresponderam ao apelo da Biblioteca Pública de Nova Iorque, numa campanha para que não fechassem a biblioteca! (9.06.2009)
segunda-feira, junho 29, 2009
domingo, junho 28, 2009
GRANDE DIA
sexta-feira, junho 26, 2009
domingo, junho 21, 2009
Thank you note (2007)
quinta-feira, junho 18, 2009
Literacia & ironia
Depressão escondida
Se repararmos bem, Portugal tem todos os sinais de uma depressão escondida, e já não é de hoje. As forças que Portugal não utiliza são estas: os nossos jovens licenciados que trabalham em call centers, os nossos desempregados de meia-idade que já não encontram trabalho, quem trabalhou quase meio século e não se reforma para dar lugar aos mais novos, os nossos idosos que depois de uma vida de trabalho estão abandonados em casa. Como digo, esta depressão escondida já não vem de hoje: ela está também em gerações de trabalhadores (e empresários) em que a formação foi muito baixa. Mas as soluções também podem vir em conjunto: se isentarmos de propinas os jovens que queiram fazer assistência à terceira idade, por exemplo, atacamos o problema por dois lados ao mesmo tempo.A solução para a nossa depressão escondida passa por imaginação. E passa, sobretudo, por um acto de vontade. Não é sempre assim, aliás?
domingo, junho 14, 2009
Sinais dos tempos Alegria geracional
Optimista inveterada, a alegria sempre me encheu os dias. Este video faz-me sentir sinais de bom astral. A publicidade é um texto fundamental para entender o futuro próximo.
Haja sinais, e gente para os ler.
Com um obrigado à equipa da LPM e a esse desconhecido detergente que suscitou a coisa
sexta-feira, junho 12, 2009
Não há BOA tecnologia sem fracassos
You can't possibly get a good technology going without an enormous number of failures. It's a universal rule.
If you look at bicycles, there were thousands of weird models built and tried before they found the one that really worked. You could never design a bicycle theoretically. Even now, after we've been building them for 100 years, it's very difficult to understand just why a bicycle works - it's even difficult to formulate it as a mathematical problem. But just by trial and error, we found out how to do it, and the error was essential.Freeman Dyson (1923- ), físicoem entrevista (1998)Mesmo assim,dava jeito ir teorizando para melhorar a relação custo/benefício, não era?
terça-feira, junho 09, 2009
13 anos da rede de bibliotecas escolares de viva voz - I
sexta-feira, junho 05, 2009
Para saber do trabalho infantil é preciso torná-lo visível
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Obrigada, Paulo Guinote.
Para os dias em que perdemos o foco do essencial
Diz muito bem o Mal. Votar, votar a toda a brida. Contra!
Como tomar banho na praia, beber um copo ou dormir são actos insignificantes, é preferível a insignificância do nosso voto. Um voto contra Sócrates, que representa o pior dos últimos trinta e cinco anos: inscreveu-se no PS porque se enganou na porta, assinou projectos que simbolizam a degradação imobiliária do país interior, transformou o PS no partido dos Coelhos e dos Varas, dos Campos e dos Vitais, esteve na trapalhada do Freeport, na entrega do CCB, criou a dona Lurdes e a dona Ana, privatizou o ar e nacionalizou o BPN, foi elogiado ad nausea pelo dr. Dias Loureiro. Aos socialistas que votam nessa sêxtupla de pesadelo que assombra as rotundas da pátria- Campos e Estrela, Gomes e Estrela, Capoulas e Estrela, Vital e Estrela, Elisa e Estrela – devíamos dizer: jamais esqueceremos.
Copiado com gosto
sexta-feira, maio 29, 2009
Amanhã
Ver Percurso aqui
O ponto de encontro do Movimento Escola Pública, para os professores das escolas sem cortejo próprio, é no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Joaquim António Aguiar (a que sobe do Marquês para os Amoreiras).
quinta-feira, maio 28, 2009
Daniel Cassany em Lisboa, 13º ano RBE
No dia 26 de Junho, o Forum RBE traz a Lisboa Daniel Cassany (Barcelona), e reunirá na FIL centenas e centenas de profissionais envolvidos com as bibliotecas nas escolas.
Podemos aproveitar o mês que falta para comemorar os 13 anos da RBE (uma mulherzinha...) e colocar questões, comentários e sugestões através do Blog da RBE.
Gerar ideias também é gerir informação
sábado, maio 23, 2009
AGORA SIM
Manifestação de Professores 30 de Maio de 2009, Lisboa, Portugal
Nós
Por nós e por vós
Não há BOA República sem BOA Escola Pública
SIM, HAVEMOS DE LÁ IR TER - E DE AÍ CHEGAR.
quinta-feira, maio 21, 2009
Darwich voz da Palestina
Mais nous souffrons d'un mal incurable qui s'appelle l'espoir. Espoir de libération et d'indépendance. Espoir d'une vie normale où nous ne serons ni héros, ni victimes. Espoir de voir nos enfants aller sans danger à l'école. Espoir pour une femme enceinte de donner naissance à un bébé vivant, dans un hôpital, et pas à un enfant mort devant un poste de contrôle militaire. Espoir que nos poètes verront la beauté de la couleur rouge dans les roses plutôt que dans le sang. Espoir que cette terre retrouvera son nom original : terre d'amour et de paix. Merci pour porter avec nous le fardeau de cet espoir. "Mas sofremos de um mal incurável que se chama esperança. Esperança da libertação e da independência. Esperança de uma vida normal em que não seremos nem heróis, nem vítimas. Esperança dever os nossos filhos irem sem perigo à escola. Esperança para uma mulher grávida de dar à luz um bebé vivo, num hospital, e não uma criança morta frente a um posto de controle militar. Esperança em que os nossos poetas verão a beleza da cor vermelha nas rosas, em vez de no sangue. Esperança em que esta terra voltará a encontrar o seu nome original: terra de amor e de paz. Obrigada por carregarem connosco o fardo desta esperança (200?)
Sometimes I feel as if I am read before I write. When I write a poem about my mother, Palestinians think my mother is a symbol for Palestine. But I write as a poet, and my mother is my mother. She’s not a symbol.Por vezes sinto que me leram antes que eu escrevesse. Quando escrevo um poema sobre a minha mãe, os palestinianos pensam que a minha mãe é um símbolo da Palestina. Mas eu escrevo como um poeta,e a minha mãe é a minha mãe. Ela não é um símbolo. (2001)
quarta-feira, maio 13, 2009
ensinar e aprender, objectos e objectivos
As lições
Ensinaram-me a falar
aprendi a escrever.
Ensinaram-me a escrever
aprendi a falar.
Ensinaram-me a ler
aprendi a ver.
Ensinaram-me a ouvir
aprendi a calar.
Ensinaram-me a pedir
aprendi a dar.
Ensinaram-me a comprar
aprendi a ter.
Ensinaram-me a beber
aprendi a rir.
Ensinaram-me a fugir
aprendi a ficar.
Ensinaram-me a aprender
aprendi a ignorar.
Ensinaram-me a amar
aprendi a criar.
Ensinaram-me a viver
aprendi a morrer.
Ensinaram-me a estar só
aprendi a estar.
Ensinaram-me a ser livre
aprendi a ser.
Ana Hatherly (1929- )
In Antologia da poesia portuguesa. Org. M. Alberta Meneres, E. M. Melo Castro. Vol. 2: 1940-1977, Lisboa, Moraes Editores, 1979, Col. Círculo de Poesia, p.76-77
sábado, abril 25, 2009
quarta-feira, abril 22, 2009
Escrever na ou para a net & Escola (qual escola?)
«Temos necessidade de uma nova didáctica que não esteja subordinada ao "diálogo professor-aluno" e que encare os média como verdadeiras "máquinas de representar" (Jacquinot, 1993a) e verdadeiras "máquinas de comunicar" (Perrault, 1989).» (Oliveira, 2004).
Tal didáctica está por inventar…
Para produzir e-conteúdos precisamos de:1) uma estrutura de enquadramento/produção/difusão (que pode ser um Centro de Recursos);
2) recursos humanos (equipas de desenvolvimento que integrem generalistas, “sábios” como autores ou professores, “escriturários digitais” para uso adequado das ferramentas informáticas, e artistas que possam contribuir para a qualidade estética dos materiais); e
3) alguns equipamentos (relativamente acessíveis no seu custo).
De resto, precisamos, sobretudo, de muita imaginação e muita coordenação de esforços, a par de motivação, incentivos e liderança com visão estratégica.
Globalização e (des) igualdades: os desafios curriculares. CIEd 2006
Actas do VII Colóquio sobre Questões Curriculares (III Colóquio Luso-Brasileiro
domingo, abril 19, 2009
segunda-feira, março 23, 2009
quarta-feira, março 18, 2009
quinta-feira, março 12, 2009
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Ruminações
Os meninos, a quem são dirigidas estas palavras de muita sabedoria, não devem imitar o analfabetismo dos bois nem dos homens que andam atrás ou à frente deles. (...) Numa coisa, porém, devem imitar os bois: na ruminação. E isto quer dizer: ler, ler bem, ler com os olhos e o pensamento.
António José Forte. Os bois e os livros in Uma faca nos dentes (2003), p. 124
São os livros pasto de ruminação, no sentido que o poeta lhe dá, que é o da leitura reflexiva, crítica, educada e educadora; antes de mais, de cada leitor
Nos livros, lemos com os olhos tudo: as palavras, os sinais, as cores e os desenhos, o próprio formato do objecto. Nos outros lugares do lido, como os rectângulos luminosos por onde espreitamos palavras, sinais e outros alimentos do nosso ruminar, face a face como as telas pintadas ou o som directo dos instrumentos musicais, ou emitidos à distância por misteriosos meios como a Internet, aprisionados em discos brilhantes ou em outros mil disfarces ainda por descobrir, olhos e ouvidos, como nos audio-livros, ou na voz que simplesmente lê alto, desafiam o pensamento, e com ele alimentam a construção de cada qual como leitor, ou leitora.
Aprender a ler, a ser leitor, é caminho de muito ruminar. Carece, necessariamente, de muitos livros e de outros formatos ou suportes, quantidades acessíveis a sujeitos dispostos, para tal leitura animados, e apoiados. Vive ainda, do mais precioso dos bens, o tempo - para si, e para ler.
No coração dos meios que fomos inventando para formar leitores para ler o mundo, as bibliotecas são incontornáveis: tal como na alegoria dos ruminantes, pasto de ler com os olhos e o pensamento. Desejavelmente, meios preciosos para formar leitores, autores eles próprios do sentido do que lerem e imaginarem. Recursos que distinguem, em séculos cada vez mais exigentes, quem sabe, e pode, aprender e exercitar o ler o mundo, no sentido que lhe deu Paulo Freire.
Promover a leitura, a formação de leitores, a criação e boa gestão de bibliotecas, com destaque naturalmente para as escolares e as públicas, mas também de museus e outros recursos, é assumir a Cultura como factor essencial do Desenvolvimento nas sociedades actuais. Fazê-lo para toda a gente, com toda a gente, é desafio inevitável quando se defende o desenvolvimento das democracias, e o aumento de uma riqueza maior do Planeta, tantas vezes ameaçada: a capacidade dos seres humanos de entender, compreender, criar.
Fazer tudo isto, a sério, implica conhecimento, profissionais - gente preparada e aplicada - meios materiais, criatividade. Tem de ser feito com rapidez, porém sem pressa. Com firmeza, porém na maior das liberdades. A muitas mãos, colaborativamente, com brio porém sem protagonismos que dispersem energias. Falhando e emendando, repetindo e inventando. Ninguém disse que era fácil... Implica, além disso, humor e alegria. Alegria que ajuda ao fluir da acção e da comunicação - conquistando tempo para cada qual se construir leitor, fazemos o tempo crescer, sentir-se maior mesmo quando se mede em escassos minutos de relógio.
Formar leitores para ler o mundo significa assim agir para alargar a elasticidade do tempo psicológico, fenómeno que os sábios do cérebro explicarão. Se formos capazes de o cumprir, formar leitores para ler o mundo é, afinal, actuar para que no futuro os leitores, e o mundo, se transformem e se reescrevam. Sabendo-o, não o temem nem se diminuem pelo medo da transformação.
Formar leitores – e leitoras – para ler o mundo vem-se tornando cada vez mais urgente. Se calhar, foi-o sempre. Nós é que ainda não o tínhamos lido bem, imitando o maravilhoso ruminar dos bois no texto de Forte, e um bocadinho mais: lendo com vagar, com os olhos, o coração e o pensamento.
António José Forte (1931-1988). Nos anos 50, integrou o Grupo do Café Gelo,
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Slowmile Arte Aprendendo Viajando
terça-feira, janeiro 06, 2009
Magos em Dia de Reis, mais 500 menos 500 anos...
imagem Leonardo Da Vinci (séc. XV)
Qual seria sua mensagem para os jovens de hoje?
Gostaria que tentassem, apesar de tudo (e talvez esteja aí o elemento de nostalgia que você notou), apesar de todas as tendências em contrário e de todas as pressões de fora, reter na consciência e na memória o valor da durabilidade, da constância, do compromisso.Eles não podem mais contar, como a antiga geração, com a natureza permanente do mundo lá fora, com a durabilidade das instituições que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos. Isso não é mais possível e, na verdade, a vida humana individual, apesar de ser muito curta, abominavelmente curta, é a única entidade da sociedade de agora que tem sua longevidade aumentada. Sim, somente a vida humana individual vê crescer sua durabilidade, enquanto a vida de todas as outras entidades sociais que a rodeiam — instituições, idéias, movimentos políticos — é cada vez mais curta.
Assim, o único sentido duradouro, o único significado que tem chance de deixar traços, rastos no mundo, de acrescentar algo ao mundo exterior, deve ser fruto de seu próprio esforço e trabalho. Os jovens podem contar unicamente com eles próprios e só haverá em suas vidas o sentido e a relevância que forem capazes de lhes dar. Sei que essa é uma tarefa muito difícil... mas é a única coisa que posso lhes dizer
Ladrões de Bicicletas: A tirania do mérito
Ladrões de Bicicletas: A tirania do mérito : « Quem alcançou o topo, passou a acreditar que o sucesso foi um feito seu, uma medida do seu ...
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PORTUGAL (de Jorge Sousa Braga, 1981) Portugal Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me sentir como se tivesse oitocentos Que ...
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Senhores, sou mulher de trabalho, e falo com poucas maneiras, porque as maneiras, são como a luva que calça o ladrão. Ás vezes, eu ponho-me...
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CANTIGA PARA QUEM SONHA Tu que tens dez reis de esperança e de amor grita bem alto que queres viver. Compra pão e vinho, mas rouba uma fl...