Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
terça-feira, dezembro 30, 2014
sexta-feira, dezembro 26, 2014
quarta-feira, dezembro 24, 2014
Guantanamera | Playing For Change | Song Around The World
No me pongan en lo oscuro
A morir como un traidorYo soy bueno y como bueno
Moriré de cara al sol
segunda-feira, dezembro 22, 2014
sexta-feira, dezembro 19, 2014
The Care and Handling of Family Papers, Photographs, and Essential Records
Esta coisa da pégada digital está mesmo a percorrer os nossos passos físicos e virtuais...
The State Historical Records Advisory Board in collaboration with the State Archives of North Carolina (USA) has produced a series of tutorials that provide basic information about the care and handling of family papers.
The complete series is available at: http://www.youtube.com/playlist?list=PL2w9jUBdiGKvTEyMA1XpOGKJtSXItDnVC
quinta-feira, dezembro 18, 2014
Ler em manta
Manta de Histórias criada pelos alunos do AE Baixa-Chiado, projeto colaborativo das bibliotecas de Lisboa (RBEL), envolvendo bibliotecas municipais e escolares, 2014
quarta-feira, dezembro 17, 2014
segunda-feira, dezembro 15, 2014
Funeral Rainha Fabiola (Bélgica)
Humanidade surpreende, e ainda nos enche o coração. No funeral da Rainha Fabíola da Bélgica, um dos momentos mais intensos foi o da salve rociera, cantado por um coro formado sobretudo por expatriados espanhóis, a maior parte deles cordoveses, a que se juntou uma sobrinha da rainha, Blanca Escrivá de Romaní, marquesa de Ahumada.
A rainha Fabiola, que não tinha filhos – o trono dos belgas passou ao irmão do rei, Alberto, que em 2013 abdicou a favor do seu filho, Filipe – deixou todo o seu dinheiro a uma organização de solidariedade social.
sexta-feira, dezembro 12, 2014
segunda-feira, dezembro 08, 2014
Corrupção e desigualdades
Este país em que os recursos são transferidos do público para o privado e em que os rendimentos são canalizados do trabalho para o capital, dos cada vez mais pobres para os cada vez mais ricos, «só» é de crise para a grande maioria. Para os outros, é um campo imenso de oportunidades de negócios, mais ou menos lícitos mas plenos de promessas de lucro. Quando os enquadramentos legais e institucionais são frágeis, ainda por cima num ambiente social em que a acção colectiva de contra-poderes cidadãos (sindicais, associativos, etc.) é insuficiente, os ambientes altamente competitivos e a promessa de lucros frágeis, no contexto atrás descrito, promovem todo o tipo de práticas lesivas do interesse público, corrosivas do bem comum. Mesmo sabendo que parte das dificuldades da acção colectiva também resulta da própria situação de crise – que leva os que mais precisam da mudança a dedicar todo o seu tempo à sua própria sobrevivência diária –, não podemos deixar de investir as forças que temos na organização do combate feroz a este sistema criado para gerar mais desigualdades, mais corrupção, mais vidas perdidas. O nome desse sistema é neoliberalismo e, por agora, os presos nas malhas da desigualdade somos nós.
Sandra Monteiro, Dez. 2014
Corrupção e desigualdades - Le Monde Diplomatique - Edição Portuguesa
sábado, dezembro 06, 2014
quarta-feira, dezembro 03, 2014
OECD educationtoday: Man with a mission
Marilyn Achiron: In your keynote speech, you talk about creativity in using technologies in education. What do you mean by that?
David Puttnam: Creativity, for me, is finding metaphors, finding ways of explaining things in an interesting manner. Innovation in teaching is more than just technique. It’s a way of getting teachers to understand that teaching is a wildly interesting, imaginative job; and the results you can get – as we used to call it, the “lightbulb moment” – when you find the right switch for that lightbulb, are absolutely remarkable. But unfortunately, because of curricula pressures, personal pressures, because of class size, etc., teachers find it increasingly difficult to individualise kids in that sense: one kid’s lightbulb is not going to be the same as that of another kid.
MA: How do we convince aging populations, particularly in the West, that improving education and maintaining schools are important?
Anyone who is sufficiently a fantasist to think that good education systems are not a prerequisite to the health care they want, and the pensions they want, and the social security they want as they get older is bonkers, just plain bonkers!
As we discussed during the conference, the difference between the [highly innovative] medical profession and the teaching profession is quite simple. If you’re a surgeon and I come to you with a serious health issue, and you say to me, “You really do have a problem; however, I was reading the other day about a procedure which is really interesting. It’s been used several times and it could – could – save you”, I’m going to say, “Where do I sign?”
What you have is a process that constantly incentivises innovation, because through a series of relatively short-term wins you get long-term gains. The default mechanism in the education world is the opposite, which is: “How do we be sure it will work?” Because the crisis isn’t acute – or isn’t perceived to be acute. That, I think, is why the medical world has developed at an extraordinary pace – and continues to – and why education languishes.
OECD educationtoday: Man with a mission
terça-feira, dezembro 02, 2014
A insistir
"Para que da violência com que a realidade nos confronta não resulte a paralisia,
temos, portanto, de contar com o motor de uma vontade insistente".
Antonio Gramsci
segunda-feira, dezembro 01, 2014
A banalidade do mal, de Hannah Arendt
O livro surgiu na sequência do julgamento em Jerusalém de Adolf Eichmmann, raptado pelos serviços secretos israelitas na Argentina em 1960, e que a filósofa acompanhou para a revista “The New Yorker”. Nesta obra a filósofa defende que, em resultado da massificação da sociedade, se criou uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão porque aceitam e cumprem ordens sem questionar.
Eichmann, um dos responsáveis pela solução final, não é olhado como um monstro, mas apenas como um funcionário zeloso que foi incapaz de resistir às ordens que recebeu. O mal torna-se assim banal.
domingo, novembro 30, 2014
La clase media ya no es la burguesía | Babelia | EL PAÍS
Análise oportuna, bibliografia atualizada. A ler e a pensar.
Aumentan las evidencias de que los cambios más profundos (políticos, económicos, sociológicos, ideológicos…) de la Gran Recesión sólo están empezando a hacerse notar. Entre ellos, una estratificación social que puede definir un mundo en el que entre el 10% y el 15% de los ciudadanos será rico y gozará de un buen nivel de vida, mientras gran parte del resto tendrá sus salarios prácticamente estancados o incluso descendentes en términos monetarios. Algunos analistas entienden que esta polarización supondrá el final de la sociedad liberal o, más ampliamente, el final de la democracia.
La clase media ya no es la burguesía | Babelia | EL PAÍS
quinta-feira, novembro 27, 2014
sexta-feira, novembro 21, 2014
Sérgio Godinho - Liberdade (Live)
A paz o pão a habitação
Saúde educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
Quando pertencer ao povo o que o povo produzir
ao povo
o
que
o
povo
produzir
para
o povo
poder
mudar
e decidir
segunda-feira, novembro 17, 2014
domingo, novembro 16, 2014
sábado, novembro 15, 2014
sexta-feira, novembro 14, 2014
As intimidades do mundo
Para apalpar as intimidades do mundo é
preciso saber:
a)Que o esplendor da manhã não se
abre com
faca
faca
b)O modo como as violetas preparam o
dia
para morrer
c)Por que é que as borboletas de
tarjas
vermelhas têm devoção por túmulos
d)Se o homem que toca de tarde sua
existência
num fagote tem salvação
e)Que um rio que flui entre 2 jacintos
carrega
mais ternura que um rio que flui entre
2
lagartos
f)Como pegar na voz de um peixe
g)Qual o lado da noite que umedece
primeiro.
Etc.
etc.
etc.
Desaprender 8 horas por dia ensina os
princípios.
Manoel de Barros
O Livro das Ignorãnças (1994)
terça-feira, novembro 11, 2014
World Library of Science
Unesco lança biblioteca científica gratuita e multilingue para estudantes!
Início: 10/11/2014. Línguas disponíveis: inglês.
World Library of Science
Taxa de mentira
" Acontece com os intelectuais o mesmo que acontece com a política: o descrédito (e estou a falar da Europa) em que caíram os políticos europeus e portugueses, e não só, é imenso. As percentagens de abstenção nos actos eleitorais são enormes. Porquê? Porque ultrapassámos aquilo que era normalmente admitido, uma certa taxa de mentira, que é própria do discurso político. E ultrapassámos isso com um descaramento extraordinário. O descaramento passou a ser uma das características do discurso político e em Portugal isso é extraordinário. O chico-espertismo português generalizou-se em Portugal. Isso faz com que a população se afaste cada vez mais e não acredite."
José Gil ( filósofo)2014
segunda-feira, novembro 10, 2014
A Lâmpada Mágica: Opiniões pessoalíssimas e intransmissíveis - Resumo e conclusões
Ler e partilhar as leituras com outros: isto também se aplica ao que se lê para além da literatura, embora seja mais raro.
Exemplo desta raridade é esta publicação de Jorge Candeias, sobre o material produzido para a Convenção do Bloco de Esquerda, a realizar no fim deste mês em Lisboa, e onde se decidirá o rumo deste partido português nos próximos 2 anos, pelo confronto entre 5 moções.O post agora publicado vale a pena, e dá conta da leitura crítica de dezenas de textos, comentados pelo autor de forma que não apenas nos motiva a ler mais (as suas fontes, todas acessíveis na web) como nos faz pensar, criticamente, escutando outras vozes e formando a nossa própria opinião.
A literacia também se promove pela sua prática. Haja mais exemplos!
A Lâmpada Mágica: Opiniões pessoalíssimas e intransmissíveis - Resumo e conclusões
domingo, novembro 09, 2014
Por ti
ERRATA
Quem é mortal, mente.
Mentirosos,
ainda mais,
os tais
imortais.
Sem culpa uns e outros.
O verbo morrer
é que é sujeito falso
e de duvidosa acção.
Mais verdadeiro seria
se não fosse verbo.
Ou se conjugasse apenas
em forma passiva: ser morrido.
Como eu,
mais que as vezes que nasci,
fui morrido por ti.
E, assim, findo
num engano de rio:
simulando que morre
mas sendo água eterna.
sábado, novembro 08, 2014
quinta-feira, novembro 06, 2014
terça-feira, novembro 04, 2014
Uma entrevista que diz muito mais que o título que lhe escolheram
MARIA JOÃO MORAIS/JN |
Número dois do Podemos diz que "linha que separa direita da esquerda esgotou-se" - JNEstá em marcha o processo de dotar o Podemos de uma estrutura organizativa, na Assembleia Cidadã estatal. Algumas pessoas das bases do Podemos mostram receio de que, com uma maior institucionalização, o Podemos perca um pouco da sua identidade. Isso é uma ameaça?Tomámos algumas "vacinas" para evitar isso. A primeira é o limite de mandatos. Já não se poderá fazer biografias políticas para além de duas legislaturas. Há também um limite de salários para que ninguém se possa enriquecer com a política. Há um regime de incompatibilidades para evitar que alguns queiram trabalhar na política e depois nas empresas que favoreceram quando estavam no Governo. E estabelecemos uma componente revogatória dos mandatos
“El maltrato es una enfermedad social injustificable” | España | EL PAÍS
Soledad Cazorla, fiscal general contra la violencia de la mujer. / SAMUEL SÁNCHEZ |
"O que a indigna mais nessa base de maus-tratos que reside entre nós? Que haja um sector da população que não entenda que os maus-tratos são uma doença social injustificável. Observo uma agressão subtil: um pequeno sector de homens que querem domesticar a mulher. Ainda acreditam que nascer macho te dá mais direitos. (...) Talvez me engane: as mulheres maltratadas não estão confiando em nós. Isso doi-me. Um processo é uma incomodidade, seja qual for a jurisdição. Se é penal é um calvário. Estas mulheres têm que contar tudo aquilo por que têm passado, e isso é muito profundo, até chegar à denúncia. E se não denunciam não podemos saber a bolsa de maus-tratos que existe."
“El maltrato es una enfermedad social injustificable” | España | EL PAÍS
segunda-feira, novembro 03, 2014
O problema da produtividade… são as pessoas | Business Analytics Portugal
Numa mistura de português com inglês, num discurso bem-humorado e rápido, cheio de analogias e com exemplos práticos, Nadim Habib, Diretor da Nova School of Business and Economics, subiu ao “palco” do SAS Fórum Portugal 2014, que decorreu em Lisboa, a 7 de Outubro, para explicar os desafios da produtividade.
A maioria dos “entendidos” dizem que o problema de Portugal assenta na sua falta de produtividade. Que se trabalha poucas horas, que não há investimento (mas também não há dinheiro), que a maioria dos recursos humanos ainda não é qualificada…. São inúmeras as explicações para o estado actual do país e a crise instalada. Nadim Habib tem uma opinião diferente. Para este professor o problema está … nas pessoas.
O problema da produtividade… são as pessoas | Business Analytics Portugal
Vale a pena ouvir. Fluente e incisivo, 30 minutos.
domingo, novembro 02, 2014
sábado, novembro 01, 2014
Leitura e saúde
A Campanha Nacional de Leitura no Canadá associou-se à CBC para mostrar os benefícios da leitura para a saúde. Através de um infográfico, a campanha defende que ler durante apenas seis minutos pode diminuir o stresse até 60 %, reduzir o ritmo cardíaco e aliviar a tensão muscular, além de alterar o estado da mente. Saiba mais aqui.
Campanha no Canadá mostra que a leitura é boa para a saúde - Blogtailors - o blogue da edição
quarta-feira, outubro 29, 2014
Viver
Azulejo. Porto (Portugal) |
Como diria o António Variações (Portugal, séc. XX), Quero é viver!
A frase de Cícero (Roma, séc. II) na arte popular, e pública, e portuguesa: azulejo, no Porto.
Fonte: Banco de Materiais, Catálogo Padrão de azulejos (2014)
segunda-feira, outubro 27, 2014
Poema da necessidade
É preciso casar João,
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
é preciso suportar Antônio,
é preciso odiar Melquíades,
é preciso substituir nós todos.
É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana.
É preciso estudar volapuque,
é preciso estar sempre bêbedo,
é preciso ler Baudelaire,
é preciso colher as flores
de que rezam velhos autores.
É preciso viver com os homens,
é preciso não assassiná-los,
é preciso ter mãos pálidas
e anunciar o fim do mundo.
Carlos Drummond de Andrade
Dilma elege reforma do sistema político e combate à corrupção como prioridades do mandato
"27 por cento dos brasileiros com capacidade eleitoral não escolheram nenhum dos dois candidatos à presidência do país. A abstenção fixou-se nos 21 por cento e os votos brancos e nulos nos 6 por cento""O Brasil é um dos 31 países do mundo onde o voto é obrigatório, sendo apenas facultativo para analfabetos, idosos com mais de 70 anos e jovens com mais de 16 e menos de 18 anos. Quem não comparecer às urnas, apesar de poder anular ou justificar a ausência, pode ter sérios problemas com a Justiça, como ser proibido de concorrer a concursos públicos, fazer empréstimos bancários, tirar o passaporte e cartão de cidadão ou renovar a matrícula em universidades públicas.
A obrigatoriedade do voto foi introduzida em 1932, altura em que apenas 10 por cento da população detinha capacidade eleitoral, pelo direito, à época, estar vedado a analfabetos. Atualmente, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, 70 por cento da população brasileira está apta a votar."
"Entre as reformas, a primeira e mais importante deve ser a reforma política. Meu compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é deflagrar esta reforma", destacou a recém reeleita Presidente. Dilma também se comprometeu com o combate à corrupção prometendo fortalecer "as instituições de controlo e propondo mudanças na legislação atual para acabar com a impunidade".Dilma Roussef reeleita Presidente do Brasil | Esquerda
domingo, outubro 26, 2014
Falará por sua boca
Quantas coisas quisera hoje dizer,
brasileiros,
quantas histórias, lutas, desenganos, vitórias,
que levei anos e anos no coração para dizer-vos, pensamentos
e saudações. Saudações das neves andinas,
saudações do Oceano Pacífico, palavras que me disseram
ao passar os operários, os mineiros, os pedreiros, todos
os povoadores de minha pátria longínqua.
Que me disse a neve, a nuvem, a bandeira?
Que segredo me disse o marinheiro?
Que me disse a menina pequenina dando-me espigas?
quantas histórias, lutas, desenganos, vitórias,
que levei anos e anos no coração para dizer-vos, pensamentos
e saudações. Saudações das neves andinas,
saudações do Oceano Pacífico, palavras que me disseram
ao passar os operários, os mineiros, os pedreiros, todos
os povoadores de minha pátria longínqua.
Que me disse a neve, a nuvem, a bandeira?
Que segredo me disse o marinheiro?
Que me disse a menina pequenina dando-me espigas?
Uma mensagem tinham. Era: Cumprimenta
Prestes.
Procura-o, me diziam, na selva ou no rio.
Aparta suas prisões, procura sua cela, chama.
E se não te deixam falar-lhe, olha-o até cansar-te
e nos conta amanhã o que viste.
Procura-o, me diziam, na selva ou no rio.
Aparta suas prisões, procura sua cela, chama.
E se não te deixam falar-lhe, olha-o até cansar-te
e nos conta amanhã o que viste.
Hoje estou orgulhoso de vê-lo
rodeado
por um mar de corações vitoriosos.
Vou dizer ao Chile: Eu o saudei na viração
das bandeiras livres de seu povo.
por um mar de corações vitoriosos.
Vou dizer ao Chile: Eu o saudei na viração
das bandeiras livres de seu povo.
Me lembro em Paris, há alguns anos,
uma noite
falei à multidão, fui pedir auxílio
para a Espanha Republicana, para o povo em sua luta.
A Espanha estava cheia de ruínas e de glória.
Os franceses ouviam o meu apelo em silêncio.
Pedi-lhes ajuda em nome de tudo o que existe
e lhes disse: Os novos heróis, os que na Espanha lutam, morrem,
Modesto, Líster, Pasionaria, Lorca,
são filhos dos heróis da América, são irmãos
de Bolívar, de O' Higgins, de San Martín, de Prestes.
E quando disse o nome de Prestes foi como um rumor imenso.
no ar da França: Paris o saudava.
Velhos operários de olhos úmidos
olhavam para o futuro do Brasil e para a Espanha.
falei à multidão, fui pedir auxílio
para a Espanha Republicana, para o povo em sua luta.
A Espanha estava cheia de ruínas e de glória.
Os franceses ouviam o meu apelo em silêncio.
Pedi-lhes ajuda em nome de tudo o que existe
e lhes disse: Os novos heróis, os que na Espanha lutam, morrem,
Modesto, Líster, Pasionaria, Lorca,
são filhos dos heróis da América, são irmãos
de Bolívar, de O' Higgins, de San Martín, de Prestes.
E quando disse o nome de Prestes foi como um rumor imenso.
no ar da França: Paris o saudava.
Velhos operários de olhos úmidos
olhavam para o futuro do Brasil e para a Espanha.
Vou contar-vos outra pequena história.
Junto às grandes minas de carvão, que
avançam sob o mar,
no Chile, no frio porto de Talcahuano,
chegou uma vez, faz tempos, um cargueiro soviético.
Quando a noite chegou
vieram aos milhares os mineiros, das grandes minas,
homens, mulheres, meninos, e das colinas,
com suas pequenas lâmpadas mineiras,
a noite toda fizeram sinais, acendendo e apagando,
para o navio que vinha dos portos soviéticos.
no Chile, no frio porto de Talcahuano,
chegou uma vez, faz tempos, um cargueiro soviético.
Quando a noite chegou
vieram aos milhares os mineiros, das grandes minas,
homens, mulheres, meninos, e das colinas,
com suas pequenas lâmpadas mineiras,
a noite toda fizeram sinais, acendendo e apagando,
para o navio que vinha dos portos soviéticos.
Aquela noite escura teve estrelas:
as estrelas humanas, as lâmpadas do povo.
Também hoje, de todos os rincões
da nossa América, do México livre, do Peru sedento,
de Cuba, da Argentina populosa,
do Uruguai, refúgio de irmãos asilados,
o povo te saúda, Prestes, com suas pequenas lâmpadas
em que brilham as altas esperanças do homem.
Por isso me mandaram, pelo vento da América,
para que te olhasse e logo lhes contasse
como eras, que dizia o seu capitão calado
por tantos anos duros de solidão e sombra.
as estrelas humanas, as lâmpadas do povo.
Também hoje, de todos os rincões
da nossa América, do México livre, do Peru sedento,
de Cuba, da Argentina populosa,
do Uruguai, refúgio de irmãos asilados,
o povo te saúda, Prestes, com suas pequenas lâmpadas
em que brilham as altas esperanças do homem.
Por isso me mandaram, pelo vento da América,
para que te olhasse e logo lhes contasse
como eras, que dizia o seu capitão calado
por tantos anos duros de solidão e sombra.
Vou dizer-lhe que não guardas
ódio.
Que só desejas que a tua pátria viva.
E que a liberdade cresça no fundo
do Brasil como árvore eterna.
Que só desejas que a tua pátria viva.
E que a liberdade cresça no fundo
do Brasil como árvore eterna.
Eu quisera contar-te, Brasil, muitas
coisas caladas,
carregadas por estes anos entre a pele e a alma,
sangue, dores, triunfos, o que devem se dizer
o poeta e o povo: fica para outra vez, um dia.
carregadas por estes anos entre a pele e a alma,
sangue, dores, triunfos, o que devem se dizer
o poeta e o povo: fica para outra vez, um dia.
Peço hoje um grande silêncio de
vulcões e rios.
Um grande silêncio peço de terras e varões.
Peço silêncio à América da neve ao pampa.
Silêncio: com a palavra o Capitão do Povo.
Silêncio: que o Brasil falará por sua boca.
Um grande silêncio peço de terras e varões.
Peço silêncio à América da neve ao pampa.
Silêncio: com a palavra o Capitão do Povo.
Silêncio: que o Brasil falará por sua boca.
Pablo Neruda
Poema lido no Estádio do Pacaembu, a
15 de julho de 1945
sábado, outubro 25, 2014
sexta-feira, outubro 24, 2014
Que caminho tão longo, que viagem tão comprida Alice Brito - refundar o Bloco moção B
Vivemos tempos ferozes e complexos, para os quais a esquerda tradicional não tem dado alternativas. Tem sido cega e preguiçosa. Tem sido incapaz de abrir as portas à avalanche de questões com que a complexidade do social de hoje a tem confrontado. Tem sido cúmplice do patriarcado, tem sido omissa em relação à ecologia.
É tempo de recuperar o tempo. E este tempo tem sido o específico tempo da feminização do trabalho produzido pela globalização capitalista. Conjugar o anti capitalismo com a luta feminista sem que cada uma destas lutas se atropele uma à outra, é por certo o desafio que se coloca hoje a ambos os movimentos.
Que caminho tão longo, que viagem tão comprida Alice Brito - refundar o Bloco moção B
quinta-feira, outubro 23, 2014
O Bloco, o desafio de unidade e luta contra a austeridade - Mário Gómez Olivares - refundar o Bloco moção B
A chave da solução para uma mudança na política seguida ate agora, esta na mobilização social em conjunto com a movimentação politica tendente a gerar um quadro de convergência, de alianças políticas das forças a esquerda. O Bloco deve dialogar com todos sem excepção e propor uma plataforma anti austeridade, mas deve ir mais longe, procurando acordos transversais com todos os que estão contra esta política, no mesmo sentido que dirigentes do Bloco tem feito em iniciativas como o Manifesto dos 73, pêlo que não se deve excluir acordos e negociações com ninguém.
O Bloco, o desafio de unidade e luta contra a austeridade - Mário Gómez Olivares - refundar o Bloco moção B
Algumas ideias sobre como recuperar a organização chamada Bloco de Esquerda - Jorge Candeias - refundar o Bloco moção B
A boa notícia é que ainda vamos a tempo de evitar que esta nossa organização siga o caminho típico de todas as outras. Ainda vamos a tempo de refrescá-la, de lhe devolvermos a razão de existir. De a devolvermos à sua função original de representação de uma nuvem de ideologias diversas de esquerda e de renovação do sistema político-partidário. Para isso precisamos urgentemente de três coisas:
1. Democratização interna radical, abandonando de uma vez por todas tendências hegemonizantes que só poderão contribuir para o esfrangalhamento de uma organização como a nossa, entregando às bases, na prática e não apenas em teoria, as rédeas do movimento.
2. Abertura significativa ao exterior, chamando para conversar e trabalhar connosco tanto simpatizantes como independentes, tanto organizações sociais como os partidos que nos rodeiam. Ou seja: precisamente o inverso do rumo seguido nos últimos anos.
3. Acarinhar os desalinhados dentro do próprio Bloco, porque ao longo da evolução das organizações são os desalinhados que melhor se apercebem dos sinais iniciais de fossilização e são eles quem tem mais condições para conceber planos viáveis que a evitem. Embora sejam uma força extremamente útil noutros aspetos da vida de um partido, para esse fim específico os alinhados são piores que inúteis: são uma parte significativa do problema. Uma organização que queira evitar fossilizar-se deve ter, portanto, a capacidade para ouvir com muita atenção o que os seus desalinhados têm a dizer. Eles nem sempre terão razão, mas partir do princípio de que não a têm pelo simples facto de serem desalinhados é o caminho mais direto para o desastre.
Este é o tempo. Este é o nosso tempo
Não há nada pior que o conformismo que nos torna insensíveis, do que a indiferença que nos torna desumanos.
sábado, outubro 18, 2014
Information Literacy Interactive Tutorial
Imagem daqui |
O que é Literacia da Informação?
Em poucas palavras, literacia da informação diz respeito a como encontramos a informação de que necessitamos mais rapidamente e como a utilizamos de forma efetiva.
Desenvolvendo competências de literacia da informação, iremops compreender como abordar a informação de que precisamos, saber onde procurar por ela, como a encontrar, avaliar se ela é fiável ou não, e partilhar efetivamente a nossa informação com outros
What is information literacy?
In a nutshell, information literacy is about how to find the information you need quickly and use it effectively.
By gaining information literacy skills, you will understand how to approach your information need, know where to look for information, how to find it, judge whether it is reliable and useful, and share your information effectively with others.
Ler mais aqui:
Information Literacy Interactive Tutorial
terça-feira, outubro 14, 2014
Leitores, leitura social, nuvem e crise
(...) como dice la filósofa Marina Garcés: “Es interesante ver cómo en un momento de destrucción de la vida colectiva y de acoso a las personas como el que estamos viviendo, la lectura y quizás más aún la escritura, reaparece como una práctica que hace comunidad o, más bien, que organiza y articula comunidades muy concretas: grupos de lectura, bibliotecas populares, colecciones digitales, puntos de intercambio de libros, librerías pequeñas, especializadas y alternativas, proyectos editoriales independientes vinculados a grupos de aficionados a determinadas corrientes o prácticas literarias, blogs, plataformas, etc.”A promoção de leitura atreve-se em novos modelos, com renovada adesão de leitores.
Nuevos modelos de promoción de la lectura - BiblogTecarios
segunda-feira, outubro 13, 2014
Stabat Mater
Nada te turbe,
Nada te espante,
Todo se pasa.
Dios no se muda.
La paciencia
Todo lo alcanza;
Quien a Dios tiene
Nada le falta
Teresa de Jesus (séc. XVI)
via Luis António Alìas, séc. XXI
Todo se pasa.
Dios no se muda.
La paciencia
Todo lo alcanza;
Quien a Dios tiene
Nada le falta
Teresa de Jesus (séc. XVI)
via Luis António Alìas, séc. XXI
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domingo, outubro 12, 2014
terça-feira, outubro 07, 2014
quinta-feira, outubro 02, 2014
O Marketing secreto (legendado)
Muito bom.
Nunca se deve subestimar o poder da ignorância intencional... e nunca se deve deixar de a combater.
Nunca se deve subestimar o poder da ignorância intencional... e nunca se deve deixar de a combater.
Viver
"Aqui tem você um conselho que lhe poderá servir para a sua filosofia: não force, nunca; seja paciente pescador neste rio do existir. Não force a arte, não force a vida, nem o amor nem a morte. Deixe que tudo suceda como um fruto maduro que se abre e lança no solo as sementes fecundas. Que não haja em si, no anseio de viver, nenhum gesto que lhe perturbe a vida"- Agostinho da Silva, Sete Cartas a um Jovem Filósofo.
segunda-feira, setembro 29, 2014
Essencial para a coragem: compreender
Na célebre entrevista que concedeu a Günter Gaus (1964), Hannah Arendt afirmou que o mais importante para si era compreender, referindo-se mesmo a uma “necessidade” de compreensão. Arendt definiu esse tipo de compreensão especial que o pensamento político exige, e que reclamou de si mesma, afirmando que só a imaginação torna possível ver as coisas segundo uma perspetiva própria, sem distorções ou preconceitos. Assim, a compreensão é interminável e, por isso, não pode chegar a resultados finais; constitui “o modo distintivamente humano de viver”, porque cada pessoa singular necessita de se reconciliar com um mundo no qual nasceu estrangeira. A compreensão, como define Arendt, “é criadora de sentido, de um sentido que produzimos no próprio processo de viver”4.
Ora, a necessidade de compreender o mundo no presente, procurando uma reconciliação com o passado e projetando a promessa do futuro, coloca a faculdade de julgar no centro do inquérito sobre as condições de possibilidade da ação. Este é o horizonte ético-político das modalidades da compreensão e do juízo que se traduzem numa experiência muito particular da vida activa, a experiência da política. No pensamento arendtiano, compreensão e juízo integram o relato da vivência da pluralidade. A compreensão está também intimamente ligada ao senso comum, que é o sentido político por excelência e pressupõe a existência de um mundo partilhado onde, de facto, estão outros.Hannah Arendt propõe-nos pensar a política enquanto o desejo da revelação involuntária, a vontade das alegrias inerentes à ação, como as de aparecer no discurso e no agir em conjunto. Se a compreensão, esse modo particular de refletir a partir do qual reconhecemos a realidade, é o que nos permite ser contemporâneos do mundo que habitamos, é pela exposição pública que nos tornamos atores nesse mesmo mundo.
Agir é, portanto, correr o “risco da vida pública”5 e é o poder da promessa que nos torna capazes do comprometimento. A coragem é, por conseguinte, a primeira virtude política, tanto num sentido aristotélico como homérico. Distinguindo-se da informação adequada e do conhecimento científico, e também do perdão, que é “uma ação singular que termina num ato singular”, a ação de compreender é definida por Arendt como sendo, na verdade, um processo complexo, uma atividade incessante que nunca chegará a resultados unívocos, embora constitua uma fonte de sentido e unidade no tempo essenciais para o reconhecimento da realidade e a reconciliação com o mundo.
sexta-feira, setembro 26, 2014
quinta-feira, setembro 25, 2014
Cultive novas e melhores ideias, alimente bibliotecas
Before there were libraries there were books. Libraries are more than books, they are PLACES where IDEAS grow!
quarta-feira, setembro 24, 2014
Matthew Battles | Revista Biblioo
E. S.: Seria possível o senhor traçar um panorama das bibliotecas nos EUA? Existe uma preocupação do poder público com essas instituições?M. B.: Sim, em diferentes níveis. A maneira como as bibliotecas e os bibliotecários são vistas nos Estados Unidos está muito ligada a como as pessoas tem vivido as tecnologias e a internet em particular. Muitas pessoas sentem que as bibliotecas deveriam acabar agora que existe a internet, enquanto muitas outras sentem que a biblioteca é o lugar ideal para compartilhar a internet com o grande publico e torná-la acessível para pessoas que não teriam acesso a ela de outra maneira. E as pessoas notaram algumas coisas nos últimos tempos: depois do 11 de setembro, dos ataques ao World trade Center, o governo tentou cercear as liberdades das pessoas nas bibliotecas. O governo queria ser informado quando as pessoas pegassem livros que ele considera perigosos. Os bibliotecários sempre tiveram uma ética de privacidade: você pode ir à biblioteca, pegar livros e ninguém tem que saber. Os bibliotecários, nos Estados Unidos e em muitos outros lugares evitam comentar com os usuários sobre os livros que eles estão pegando emprestado porque eles não querem que as pessoas se sintam vigiadas. Então quando o governo disse: “nós queremos saber o que as pessoas tem procurado”, os bibliotecários foram muito contra e as pessoas notaram e ficaram gratas pelos bibliotecários estarem zelando pela sua liberdade intelectual. Mais recentemente houve uma série de desastres: o furacão que atingiu Nova Orleans [também chamado Katrina] alguns anos atrás e os mais recentes que atingiram Nova Iorque e outros lugares. Depois desses desastres, as bibliotecas se tornaram lugares vitais aonde as pessoas iam para se informar, procurar notícias de seus entes queridos, buscar abrigo. E as pessoas reconheceram o serviço comunitário que essas bibliotecas prestaram.Matthew Battles | Revista Biblioo
terça-feira, setembro 23, 2014
No melhor dos caos possíveis - PÚBLICO
Depois da chatice do Terramoto de Lisboa de 1755, do enfado da participação na I Grande Guerra e da maçada da Guerra Colonial, Portugal enfrenta agora o “transtorno” da nova organização judiciária e da sua plataforma informática Citius. Mas como a ministra Paula Teixeira da Cruz assegurou que “não há caos” na Justiça portuguesa, os juízes, advogados e funcionários dos tribunais podem regressar alegremente ao trabalho.
Poderão agora perguntar “mas qual trabalho”?, uma vez que o portal Citius muitas vezes não abre, outras vezes abre mas apaga dados antigos, outras não aceita os dados novos. Ou então, desde a reabertura do ano judicial, diverte-se a misturar testemunhas e documentos em processos errados, a enviar processos para o Grande Nada, além de obrigar à anulação de sessões de julgamento já feitas. E, se entretanto se perderam as novas comarcas, elas andam por aí, nós sabemos que elas andam por aí.
Pois bem, dão-se várias sugestões para que os juízes e advogados queixosos aproveitem as próximas semanas, em vez de ficarem a olhar um ecrã bloqueado, chateados como perus: por exemplo, se estiverem em Lisboa no Campus de Justiça do Parque das Nações, podem visitar o Pavilhão do Conhecimento e procurar respostas científicas para o mistério de como o Caos (agora conhecido, pelos astrónomos, como o Transtorno) deu origem ao Universo. Se acharem isto demasiado complicado, os infoexcluídos queixinhas poderão seguir para o Oceanário, ali mesmo ao lado, e aprender a contar arenques e atuns (em geral, começa-se pela frente do cardume, mas há excepções), enquanto os técnicos resolvem o percalço.
No melhor dos caos possíveis - PÚBLICO (Rui Cardoso Martins, Setembro de 2014)
domingo, setembro 21, 2014
Paulo, o montanhês - PÚBLICO
Estamos diante de um radical conservador (o que é muito diferente de um conservador radical) cuja genealogia e cujo estatuto de intelectual público de esquerda lhe permitem produzir afirmações que, na boca de outros, seriam de imediato apodadas de reaccionárias.
Paulo, o montanhês - PÚBLICO
sábado, setembro 20, 2014
sexta-feira, setembro 19, 2014
Poor reading 'could cost UK £32bn in growth by 2025' | Education | The Guardian
"We want every child to be given a fair and equal chance to learn to read well, regardless of their background."
Poor reading 'could cost UK £32bn in growth by 2025' | Education | The Guardian
Poor reading 'could cost UK £32bn in growth by 2025' | Education | The Guardian
"We want every child to be given a fair and equal chance to learn to read well, regardless of their background."
Poor reading 'could cost UK £32bn in growth by 2025' | Education | The Guardian
quinta-feira, setembro 18, 2014
quarta-feira, setembro 17, 2014
segunda-feira, setembro 08, 2014
8 de setembro
Dia Internacional da Literacia (também
designado Dia Internacional da Alfabetização).
Este ano o Dia é dedicado à ligação intensa entre Literacia e Desenvolvimento
Sustentável.
Num tempo de ameaças cada vez mais
fortes ao equilíbrio do planeta, em aquecimento perigoso, e aos
direitos humanos de quem nele vive, a literacia é uma emergência
global.
Ler mais aqui
Unesco
World Literacy Summit
sexta-feira, setembro 05, 2014
Chicago Public Schools Reassign Librarians, Endanger Freedom to Read | Comic Book Legal Defense Fund
Librarians’ mission to connect people and information goes hand in hand with a strong commitment to intellectual freedom, and the school library should be a safe place for students to explore literature or research topics that might be deemed controversial. Some Chicago public schools lack any central library at all, while others have previously existing libraries which are now staffed by aides or parent volunteers since the librarian was reassigned. Parents’ desire to at least keep some sort of library available in their childrens’ schools is laudable, but many of the volunteers would probably be among the first to say that students would be much better served by a full-time professional librarian. Aside from the various tasks listed above, librarians are also well-versed in legal precedents pertaining to students’ right to read. Without Chicago school librarians in libraries where they belong, there is a strong chance that the Persepolis fiasco will be repeated with other books–only this time there may be no one to raise the alarm in the first place.
Chicago Public Schools Reassign Librarians, Endanger Freedom to Read | Comic Book Legal Defense Fund
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