21.02.2020. Ocio, adolescentes y autocrítica bibliotecaria - título de um belo artigo de Ana Ordáz nesse maravilhoso recurso que é o sítio Bibliogtecarios.
Estocolmo. Biblioteca só para jovens - duas secções, uma para preadolescentes (10-13) outra para maiores de 14 anos. Interditas a adultos. Fonte aqui
Jovens e videojogos. Talvez não saibam, mas jogar estes jogos pode fazer ganhar muito dinheiro Pictoline, 2018
Das Conclusões (não substituem a leitura do artigo todo!):
Hagamos por tanto todo lo posible para que las propuestas al público adolescente no se queden en meras acciones puntuales. Trabajemos de forma conjunta para invitar a los jóvenes a espacios bibliotecarios vivos, seguros, con propuestas que les parezcan interesantes y que cumplan sus expectativas. Formémonos de forma continua para estar al día en un mundo que cambia constantemente y hagamos lo imposible frente a una administración que no avanza al mismo ritmo. Y sobre todo mimemos la atención y experiencia de esas personas, la mejor forma de crear vínculos que sirvan para ganarnos poco a poco su respeto y confianza.
Obras Completas Maria Judite de Carvalho - Vol. 4.: Janela Fingida | O Homem no Arame | Além do Quadro. Minotauro, 2019
As palavras em papel de seda
Podem ser assustadoras, as palavras. Podem magoar, ferir, matar até. Podem encher-nos de vergonha. Por isso o medo, o pavor que delas têm os nossos coraçõezinhos de pomba. E eis que as envolvemos em delicados papéis de seda e, de repente, é como se não existissem. É estranho, mas as coisas que significam, as terríveis coisas que significam, não nos assustam tanto. Porque são a vida, o inevitável, aquilo que sempre houve, nada a fazer. Agora elas, as palavras… Preferimos pois os doces eufemismos tranquilizadores. Estamos, de resto, preparados para tal atitude. Somos um povo eufemístico, hospitaleiro e de brandos costumes. Entre muitas outras coisas.Basta ler jornais, ouvir rádio, ver-ouvir televisão. A quantidade de palavras lindamente embrulhadas no papel de seda chamado eufemismo... Claro que isto não é só nosso, chega-nos de muitos outros países. Países que lutam pela paz (fazendo guerras cuja origem é silenciada), Ministérios da Defesa (que são de ataque), gente de cor (em terra onde, diz-me, não há racismo), sei lá. Mas entre nós. E aqui estão os economicamente débeis, os culturalmente desfavorecidos, os subdesenvolvidos, quem vai chamar-lhes pobres de pedir ou ignorantes de tudo ou abandonados na vida? E os deficientes físicos e os invisuais e os que sofrem com os problemas da terceira idade? E os que morrem (falecem às vezes, são mesmo chamados à divina presença de Deus) vitimados pela doença-que-não-perdoa? Quantas vezes vemos uma família a quem acaba de morrer um ente querido, uma família que sofreu diariamente com essa morte lenta, e, com coragem, tropeçar de súbito, hesitar, baixar a voz ou recusar-se mesmo a dizer a palavra terrível que queima os lábios? É, pelos vistos, muito mais difícil enfrentar a realidade do que as palavras. E se uma pessoa vier falar-nos de cancerosos, pobres, aleijados, cegos e velhos na miséria, arrisca-se a que fiquemos a pensar, quando se for embora, que é, na verdade, uma pessoa muito insensível. Enfim, arrisca-se a deixar-nos uma péssima impressão.
Cetáceo Bonifácio, ilustração de Miguel Horta em Rimas salgadas (2015), obra esgotada
Divulgação da actividade "Leitura, Literacia do Oceano e Agenda 2030"
A Agenda 2030 alerta-nos para a Literacia, o conhecimento dos oceanos e dos mares e a educação marinha multidisciplinar. Na Laredo, preparámos 10 actividades que podem ser realizadas em todo o país. Como sempre, com as Bibliotecas, as Artes, a Leitura e a Natureza no coração da aprendizagem. Para a rede Escola Azul, com condições muito especiais.
Formação. Mediação leitora e artistica. Oficinas.. Espectáculos Residências. Cursos.
A Escola Azul é um programa educativo do Ministério do Mar que tem como missão promover a Literacia do Oceano em Portugal. É uma honra e um gosto sermos seus parceiros.
Pode ser que vos interesse e que queiram divulgar. Ou que vos inspire para olhar e amar o mar e as palavras que no-lo ensinam. Só isso, já me alegra o coração.
Miguel Horta, 2020 (ultrapasse a publicidade, por favor)
Narrador
"O narrador quando mais livre se sente mais favorece a empatia. É uma correnteza de palavras. Sendo que o conto não sai igual ao dia anterior.
Por vezes fazemos uma alteração, noutros casos alguém na audiência sugere uma abordagem diferente, ou temos a companhia de outro narrador e decidimos pegar na mesma história e contá-la de modo diferente... Há liberdade mas também há encantamento de quem conta a história. Nós gostamos muito do que fazemos e quem está na audiência acaba por criar esta empatia e criar a escuta que é o mais importante."
"A escuta perdeu para a visão e muitas vezes é mal feita, muito alta e com auscultadores, o que nos isola do mundo. Perdem-se escutas seletivas. Neste sentido, há também aqui um trabalho para se fazer. Uma sessão de narração oral contribui para isso. Mesmo com uma criança que não sabe ler já se está a criar uma competência da escuta. É uma espécie de pré-leitor. Ele próprio vai ganhando competências com a palavra. Vai aprender a desenhar com a palavra, ganha vocabulário."
Neste 13 de fevereiro, juntemo-nos à UNESCO e a centenas de estações de rádio para desejar a todos um óptimo Dia Mundial do Rádio e celebrar o tema da diversidade!
A diversidade está presente em todos os nossos dias, em nossos programas, em nossos conteúdos, em nossas entrevistas, em nossos perfis.
Vila Franca de Xira, Portugal, Fevereiro 2020
Foto de Maria José Vitorino, telemóvel HUAWEY, câmara Leika
Antes de abrir o sol. Som de gaivotas em fundo. Tempo suspenso Poucas horas depois desta fotografia, soube que mais uma amiga nos deixou. Como ela um dia disse, vou ficando a reinventar lutas por causas possíveis e impossíveis. Sem amos. Um dia, todos viverão sem amos. Assim seja.
Eu sou da Estação Primeira de Nazaré Rosto negro, sangue índio, corpo de mulher Moleque pelintra do buraco quente Meu nome é Jesus da gente Nasci de peito aberto, de punho cerrado Meu pai carpinteiro desempregado Minha mãe é Maria das Dores Brasil Enxugo o suor de quem desce e sobe ladeira Me encontro no amor que não encontra fronteira Procura por mim nas fileiras contra a opressão E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão Eu tô que tô dependurado Em cordéis e corcovados Mas será que todo povo entendeu o meu recado? Porque de novo cravejaram o meu corpo Os profetas da intolerância Sem saber que a esperança Brilha mais que a escuridão
Favela, pega a visão Não tem futuro sem partilha Nem messias de arma na mão Favela, pega a visão Eu faço fé na minha gente Que é semente do seu chão Do céu deu pra ouvir O desabafo sincopado da cidade Quarei tambor, da cruz fiz esplendor E num domingo verde e rosa Ressurgi pro cordão da liberdade
Mangueira Samba que o samba é uma reza Se alguém por acaso despreza Teme a força que ele tem Mangueira Vão te inventar mil pecados Mas eu estou do seu lado E do lado do samba també