Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
segunda-feira, dezembro 31, 2012
domingo, dezembro 30, 2012
Acordei a pensar num futuro em que serei memória. Ou não.
Como os que de antes de mim hoje me assombram, no bom sentido - me permitem o assombro de viver. Haja o que houver.
Letra e vídeo aqui
Como os que de antes de mim hoje me assombram, no bom sentido - me permitem o assombro de viver. Haja o que houver.
Letra e vídeo aqui
Música portuguesa em memória livre
Vídeos do espólio do património imaterial musical de Tiago Pereira no Aeroporto! Teaser. from MPAGDP on Vimeo.
Gosto muito, e alerto para o minuto 3:28 - um fandango bi-género de Riachos à sombra de um castelo.
Gosto muito, e alerto para o minuto 3:28 - um fandango bi-género de Riachos à sombra de um castelo.
Riscos colossais
"Espera aí... há qualquer coisa que não bate certo". "Cala aboca, palerma! Faz o que te dizem. É para o teu bem!" |
"Há um enorme risco de retrocesso social" - Politica - DN
Considero muito negativo que a situação de crise sirva para justificar atropelos vários a direitos básicos das pessoas enquanto trabalhadores/as ou cidadãos e cidadãs, como, infelizmente, temos assistido nos últimos anos.Com efeito, pesa sobre as nossas sociedades, ditas de desenvolvimento avançado, um enorme risco de retrocesso social, agravado por uma globalização não regulada e por um crescente poder financeiro que, perigosamente, se sobrepõe à democracia.
Manuela Silva, DN, hoje
quinta-feira, dezembro 27, 2012
Um conto de fadas animado
A partir do minuto 5:57, a gente anima-se.
Há sempre outra alternativa quando há gente e esperança.
quinta-feira, dezembro 20, 2012
domingo, dezembro 16, 2012
Câmara Clara
http://camaraclara.rtp.pt/#/home/ |
Não pode ser verdade
Acabarem com este programa de televisão
Não pode o tijolo a que Tabucchi chamava realidade
Ter tal cegueira
E assim certeira
Ao ver o derradeiro programa semanal do Câmara Clara (RTP2)
Hoje
M'espanto da qualidade, imensa
E m'avergonho da indignidade da decisão
Exterminatória
Pretensamente, claro
Que a claridade da câmara
Fica em nós todos que nela vimos ou fomos vistos
Ouvimos ou fomos entendidos
E
isso
vai ser
muito
mas
muito
mas
muito
impossível
de exterminar.
Revista Vírus: segunda edição disponível na net
Revista Vírus: segunda edição disponível na net
Inteira para se ler, desafio a escrever para os próximos números. Viral?
Inteira para se ler, desafio a escrever para os próximos números. Viral?
quinta-feira, dezembro 13, 2012
Deslimites
A menina apareceu grávida de um gavião.
Veio falou para a mãe: O gavião me desmoçou.
A mãe disse: Você vai parir uma árvore para
a gente comer goiaba nela.
E comeram goiaba.
Naquele tempo de dantes não havia limites
para ser.
Se a gente encostava em ser ave ganhava o
poder de alçar.
Se a gente falasse a partir de um córrego
a gente pegava murmúrios.
Não havia comportamento de estar.
Urubus conversavam auroras.
Pessoas viravam árvore.
Pedras viravam rouxinóis.
Depois veio a ordem das coisas e as pedras
têm que rolar seu destino de pedra para o resto
dos tempos.
Só as palavras não foram castigadas com
a ordem natural das coisas.
As palavras continuam com seus deslimites.
Manoel de Barros - Matéria de Poesia (1974)
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