The library has more than 900 members, include about 50 lifetime members, and about 6,000 titles, Beckhorn said. Topics include many that one would find in any library or bookstore, such as history, literature, biography and children's books. Topics with more extensive selections include science fiction, anarchist theory and cartoon art books.
The library also provides room for events, such as poetry readings, open mic benefits, art workshops and art practice sessions. Long-range plans include a skill exchange, tool library and an expanded outlet for handmade products made by members.
Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
quinta-feira, novembro 28, 2013
Biblioteca alternativa - EUA
Primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco
Texto absolutamente notável, para crentes e não crentes, católicos e não católicos do século XXI.
Primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco
Ler o texto integral aqui:Não a uma economia da exclusão
53. Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do «descartável», que aliás chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenómeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são «explorados», mas resíduos, «sobras».54. Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da «recaída favorável» que pressupõem que todo o crescimento económico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos factos, exprime uma confiança vaga e ingénua na bondade daqueles que detêm o poder económico e nos mecanismos sacralizados do sistema económico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar. Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espectáculo que não nos incomoda de forma alguma.do site da Rádio Vaticano
Primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco
quarta-feira, novembro 27, 2013
quarta-feira, novembro 20, 2013
Liberdade
Pájaros prohibidos1976Libertad
Los presos políticos uruguayos no pueden hablar sin permiso, silbar, sonreír, cantar, caminar rápido ni saludar a otro preso. Tampoco pueden dibujar ni recibir dibujos de mujeres embarazadas, parejas, mariposas, estrellas ni pájaros.Didaskó Pérez, maestro de escuela, torturado y preso por tener ideas ideológicas, recibe un domingo la visita de su hija Milay, de cinco años. La hija le trae un dibujo de pájaros. Los censores se lo rompen a la entrada de la cárcel.Al domingo siguiente, Milay le trae un dibujo de árboles. Los árboles no están prohibidos, y el dibujo pasa. Didaskó le elogia la obra y le pregunta por los circulitos de colores que aparecen en las copas de los árboles, muchos pequeños círculos entre las ramas:- ¿Son naranjas? ¿Qué frutas son?La niña lo hace callar:- Ssshhhh.Y en secreto le explica:- Bobo. ¿No ves que son ojos? Los ojos de los pájaros que te traje a escondidas.
Pássaros proibidos1976Liberdade
O presos políticos urugaios não podem falar sem autorização, nem assobiar, sorrir, cantar caminhar depressa nem saudar outro preso. Tampouco podem desenhar nem receber desenhos de mulheres grávidas, casais, borboletas, estrelas ou pássaros.Didaskó Perez, professor da escola primária, torturado e preso por ter ideias ideológicas, recebe num domingo a visita da sua filha Milay, de cinco anos. A filha traz-lhe um desenho de pássaros. Os censores rasgam-no à entrada da prisão.No domingo seguinte, Milay traz-lhe um desenho de árvores. As árvores não estão proibidas, e o desenho passa. Didaskó elogia-lhe a obra e pergunta-lhe pelos circulozinhos de cores que aparecem entre as copas das árvores, muitos pequenos círculos entre os ramos:- São laranjas? Que frutas são?A menina fá-lo calar-se:- Ssshhhh.E em segredo explica-lhe:- Tonto. Não vês que são olhos? Os olhos dos pássaros que te trouxe às escondidas.
Trad. livre para português (PT)
Maria José Vitorino (2013)
Obra traduzida em português (BR)
terça-feira, novembro 19, 2013
segunda-feira, novembro 18, 2013
Regresso
Regresso devagar
ao teu sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro
no amor como em casa.
in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco
Tarde", Manuel António Pina.
domingo, novembro 17, 2013
sexta-feira, novembro 08, 2013
Declaração sobre as bibliotecas públicas na UE
"As bibliotecas públicas representam a única possibilidade de acesso gratuito à Internet para 1,9 milhões de Europeus marginalizados"(2013)
Se esta Declaração obtiver a assinatura de 50% dos eurodeputados (até 7 de janeiro de 2014), o texto será adotado enquanto posição oficial do Parlamento Europeu, e será reencaminhado à Comissão Europeia, que terá de se pronunciar sobre o mesmo.
Declaração sobre as bibliotecas públicas na UE
domingo, novembro 03, 2013
Faca
"Dá-me algo mais que silêncio ou doçura
Algo que tenhas e não saibas
Não quero dádivas raras
Dá-me uma pedra
Não fiques imóvel fitando-me
como se quisesses dizer
que há muitas coisas mudas
ocultas no que se diz
Dá-me algo lento e fino
como uma faca nas costas
E se nada tens para dar-me
dá-me tudo o que te falta!"
Carlos Edmundo de Ory, interpretado por por Herberto Hélder (Doze nós numa corda)
Algo que tenhas e não saibas
Não quero dádivas raras
Dá-me uma pedra
Não fiques imóvel fitando-me
como se quisesses dizer
que há muitas coisas mudas
ocultas no que se diz
Dá-me algo lento e fino
como uma faca nas costas
E se nada tens para dar-me
dá-me tudo o que te falta!"
Carlos Edmundo de Ory, interpretado por por Herberto Hélder (Doze nós numa corda)
Self-Organised Learning Environments (SOLEs)
"The SOLE concept, although flexible, has the potential to offer a divergent, radical transformative pedagogy. This sits somewhat uncomfortably alongside more convergent approaches which position the learner as subservient to the curriculum, with the task of merely mastering subject matter prescribed by the teacher.However, what is notable from this analysis is that transformative pedagogy seems to be positioned alongside, rather than in conflict with, the dominant educational framework." in Self-Organised Learning Environments (SOLEs) in an English School: an example of transformative pedagogy?
Opinião – Segregação no ensino | Diário As Beiras
Associação 25 de Abril, Fevereiro de 2008 |
Opinião – Segregação no ensino | Diário As Beiras:
Maria Manuel Leitão Marques, Catedrática da Faculdade de Economia da U. Coimbra (Outubro 2013)
Do dito documento designado por “reforma do Estado”, que oscila entre generalidades, intenções e algumas medidas mais concretas, destaco a que mais me preocupa e que ultimamente vem emergindo de forma consistente no discurso do governo. A privatização do sistema educativo básico e secundário. Se lermos o papel com atenção, podemos reduzir a reforma a uma medida: financiar o ensino privado de quem o pode pagar e deixar a escola pública para os outros. Os outros serão os mais desfavorecidos, ficando assim a escola segregada quando ela devia ser mais inclusiva.'via Blog this'
Se quiserem conhecer o risco de tal modelo olhem para o Brasil. Aí os filhos de quem tem dinheiro frequentam a escola privada. Não são apenas os filhos dos ricos , são todos os filhos da classe média. Os outros frequentam a escola pública. De tal modo é a diferença de qualidade entre uma e outra que foi preciso criar quotas para que pelo menos alguns estudantes da escola pública pudessem chegar à universidade. Mas que universidade? A privada ? Não a pública , aquela que é paga com o dinheiro dos impostos de todos, aquela que tem mais qualidade, aquela que é gratuita. Sistema mais injusto e segregacionista não conheço. Por isso mesmo, a sua alteração está nos cartazes de muitas manifestações a que assistimos no ultimo ano em cidades brasileiras .
Entre nós estava a caminhar-se para o mesmo. Pelo menos em algumas grandes cidades como Lisboa, a degradação de edifícios associada a um horário incompatível com o trabalho dos pais nas escolas públicas, para já não referir a falta de ensino de matérias completares, empurrava as famílias para o ensino privado.
Esse caminho foi invertido a partir de 2006. A alteração do horário das escolas (escola a tempo inteiro), a melhoria das condições das escolas públicas, o controlo das faltas e a substituição dos professores nessas circunstâncias, e o ensino do inglês foram algumas das medidas que vieram contribuir para recuperar a qualidade das escolas públicas. Com certeza contribuíram não apenas para reter os seus alunos mas até para atrair novos estudantes vindos de escolas privadas. Sobretudo repuseram condições para uma efetiva igualdade, combatendo a segregação que naturalmente se prolonga no futuro, no acesso a oportunidades de estudar, de trabalhar e de viver .
Contudo, como pode ler-se no papel agora revelado, a valorização da escola pública foi chão que deu uvas. Misturado com algumas frases feitas, o que lá está de concreto é o financiamento de escolas privadas e até a venda das públicas a professores (propriedade e gestão)!
Lutar contra tal modelo de reforma do sistema educativo é por isso um objetivo que nos devia mobilizar. Não apenas a quem pensa ser de esquerda, não apenas aos professores das escolas (onde estão eles agora?), mas a todos os que estudaram na escola pública, a todos que lhe devem muito do que sabem, a todos os que acham que devemos ter as mesmas oportunidades de vencer na vida, seja qual for o material do berço onde nascemos
sábado, novembro 02, 2013
Falo daquele que, se não escreve, mata alguém
«Dificilmente se acredita que os seus textos ainda existam, que estes livros não se apaguem. Pois, ao contrário do lugar comum onde se encontra a vã consolação, ao contrário da crença de que a escrita, trazendo glória, traz eternidade, há este sentimento, que é meu, de que para certa rara gente tudo foi uma única coisa. Não ocorreu uma separação e penso sempre que as ervas que devoram um mortal devorarão também a sua obra. Porque este é um dos casos em que a obra era o orgão vital, o que gerava visão, entendimento, medo e esperma.
Há pessoas assim cuja existência, cuja carne é matéria literária. Não falo já de qualidade. Falo, sim, da quantidade de poema que há num corpo. Da combustão que é feita de palavras em lugar de oxigénio. Falo daquele que, se não escreve, mata alguém. Daquele que não aceita um aparelho de cognição capaz de o proteger com o vulgar conforto do real. Que se educou para a alucinação. O que descreve o brilho intenso que há na noite e é, no entanto, a fonte do fulgor, dessa fosforescência com que os mortos que o tocam, de visita, o contaminam.
Dificilmente se acredita que os seus textos não tivessem ardido inteiramente, não se extinguissem com aquelas mãos que pegavam na insónia para os escrever.»
Hélia Correia, in Revista de artes e Ideias n.º 8, «O Medo», Coimbra: Alma Azul, 2006. p.51
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