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O ponto de encontro do Movimento Escola Pública, para os professores das escolas sem cortejo próprio, é no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Joaquim António Aguiar (a que sobe do Marquês para os Amoreiras).
Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
Mais nous souffrons d'un mal incurable qui s'appelle l'espoir. Espoir de libération et d'indépendance. Espoir d'une vie normale où nous ne serons ni héros, ni victimes. Espoir de voir nos enfants aller sans danger à l'école. Espoir pour une femme enceinte de donner naissance à un bébé vivant, dans un hôpital, et pas à un enfant mort devant un poste de contrôle militaire. Espoir que nos poètes verront la beauté de la couleur rouge dans les roses plutôt que dans le sang. Espoir que cette terre retrouvera son nom original : terre d'amour et de paix. Merci pour porter avec nous le fardeau de cet espoir. "Mas sofremos de um mal incurável que se chama esperança. Esperança da libertação e da independência. Esperança de uma vida normal em que não seremos nem heróis, nem vítimas. Esperança dever os nossos filhos irem sem perigo à escola. Esperança para uma mulher grávida de dar à luz um bebé vivo, num hospital, e não uma criança morta frente a um posto de controle militar. Esperança em que os nossos poetas verão a beleza da cor vermelha nas rosas, em vez de no sangue. Esperança em que esta terra voltará a encontrar o seu nome original: terra de amor e de paz. Obrigada por carregarem connosco o fardo desta esperança (200?)
Sometimes I feel as if I am read before I write. When I write a poem about my mother, Palestinians think my mother is a symbol for Palestine. But I write as a poet, and my mother is my mother. She’s not a symbol.Por vezes sinto que me leram antes que eu escrevesse. Quando escrevo um poema sobre a minha mãe, os palestinianos pensam que a minha mãe é um símbolo da Palestina. Mas eu escrevo como um poeta,e a minha mãe é a minha mãe. Ela não é um símbolo. (2001)
As lições
Ensinaram-me a falar
aprendi a escrever.
Ensinaram-me a escrever
aprendi a falar.
Ensinaram-me a ler
aprendi a ver.
Ensinaram-me a ouvir
aprendi a calar.
Ensinaram-me a pedir
aprendi a dar.
Ensinaram-me a comprar
aprendi a ter.
Ensinaram-me a beber
aprendi a rir.
Ensinaram-me a fugir
aprendi a ficar.
Ensinaram-me a aprender
aprendi a ignorar.
Ensinaram-me a amar
aprendi a criar.
Ensinaram-me a viver
aprendi a morrer.
Ensinaram-me a estar só
aprendi a estar.
Ensinaram-me a ser livre
aprendi a ser.
Ana Hatherly (1929- )
In Antologia da poesia portuguesa. Org. M. Alberta Meneres, E. M. Melo Castro. Vol. 2: 1940-1977, Lisboa, Moraes Editores, 1979, Col. Círculo de Poesia, p.76-77
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