“O medo cega (…) são palavras certas, já éramos cegos no momento em que cegamos, o medo nos cegou, o medo nos fará continuar cegos”(…) “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
quinta-feira, janeiro 31, 2019
Saramago: a cegueira social e o dever moral dos que enxergam
quarta-feira, janeiro 30, 2019
Música para ousar transformar a vida
Ana Moura, 2012
Letra e música de Caetano Veloso ------------------------------------------------- Sim, eu poderia abrir as portas que dão pra dentro Percorrer correndo, corredores em silêncio Perder as paredes aparentes do edifício Penetrar no labirinto Um labirinto de labirintos dentro do apartamento Sim, eu poderia procurar por dentro a casa Cruzar uma por uma as sete portas, as sete moradas Na sala receber o beijo frio em minha boca Beijo de uma deusa morta Deus morto, fêmea língua gelada, língua gelada como nada Sim, eu poderia em cada quarto rever a mobília Em cada um matar um membro da família Até que a plenitude e a morte coincidissem um dia O que aconteceria de qualquer jeito Mas eu prefiro abrir as janelas Pra que entrem todos os insetos
Versão original, inesquecível, de Caetano Veloso (1972) aqui https://youtu.be/Y4NWN2qMo4g
Leitura matinal, dedicada a quem vejo ficar fechado em círculos estreitos, e precisa de banhos de realidade urgentemente. Sem me excluir desse risco, que nos pode acontecer a todos. Sobretudo a quem ocupa, ou pensa ocupar, posições de Poder.
quinta-feira, janeiro 24, 2019
Jorge de Sena, 100 anos de nascido, lúcida palavra
Saber mais sobre
Jorge de Sena, poeta maior, estudioso da Literatura, comparatista, antifascista
http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/jorge-de-sena-55876-dp1.html
Teodomiro Leite de Vasconcelos, escritor, radialista, jornalista, antifascista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Teodomiro_Leite_de_Vasconcelos
terça-feira, janeiro 08, 2019
segunda-feira, janeiro 07, 2019
Bibliotecas em transformação
Os espaços das bibliotecas são espaços públicos, e as suas colecções e serviços cada vez mais fazem a diferença na qualidade de vida das pessoas, e na qualidade e quantidade do acesso a informação.
Mais que postos de transacções - empréstimo de livros, o que continua a ser útil e importante - as bibliotecas oferecem condições para reunião, estudo, pequenos cursos sobre os mais variados temas, meios e tecnologias actualizados para as mais diversas actividades, apoio e credibilidade no acesso a fontes de informação. Serão as bibliotecas um Quinto Poder?
Entrevista com um bibliotecário de referência da Dinamarca, divulgada pela Associação de Bibliotecas Escolares da Austrália e publicada e difundida pela Princh.
Inclui destaques com exemplos da vida real de bibliotecas em 2018 - públicas e escolares.
Inclui destaques com exemplos da vida real de bibliotecas em 2018 - públicas e escolares.
sexta-feira, janeiro 04, 2019
A paz, o pão, a habitação
Demorei uns meses, mas ainda bem que consegui ler o livro. Interessante, actual, desafiador, sobretudo se quisermos cidades em que podemos morar.
O Estado tem de intervir, com ponderação e firmeza.
"Se se quer garantir o acesso à habitação aos cidadãos que trabalham em Lisboa é necessário actuar, mas não mediante a construção de habitação nova. Uma política de esquerdas deve alterar a lei do arrendamento para proteger o inquilino (mais tempo e mais segurança), mas sobretudo deve regular o preço do arrendamento de acordo com os salários da procura local. Esta medida é urgente e necessária. O actual governo tem possibilidade de intervir nesse sentido, mas não parece ter a mínima intenção de o fazer. O governo também deveria eliminar os "Vistos Gold" e os "Residentes habituais" para limitar a atracção de capitais especulativos. Ao mesmo tempo a Câmara Municipal de Lisboa possui um grande património imobiliário que deveria colocar ao serviço dos cidadãos em vez de promover programas como "Reabilita primeiro e paga depois". Existem programas de concessão de uso que estão a ser implementados noutros sítios e que deveriam ser explorados neste contexto. As possibilidades de regulação e intervenção são múltiplas (...). O importante é ter em conta que o caminho adoptado, tanto pela Câmara Municipal de Lisboa como pelo Governo, só agudiza o problema. Para o capitalismo imobiliário, Lisboa continuará a ser uma oportunidade de extracção de lucro e para nós a batalha diária é para não sermos expulsos da casa que se habita ou para procurar uma casa digna."Agustin Cocola Gantt
p. 247-248
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