Um dos seus textos porventura menos conhecidos, Gramática simbólica do Português (um esboço), de 1971, abriu-me horizontes de conhecimento que nunca lhe agradecerei bastante. A História da Literatura Portuguesa, que escreveu com António José Saraiva, numa valente edição da Estúdios Cor (1966-1973), depois repetida inúmeras vezes por outras editoras, iluminou gerações de portugueses, e continua a ser uma obra de referência. Pelas mãos de ambos descobrimos autores, épocas, títulos, num guia que nos tornou mais conscientes da nossa língua e dos nossos criadores, desde D. Dinis e os seus cantares de amigo ao século XX.
Antes e depois de 1974, a sua intervenção cidadã e académica sempre me inspirou. Sou grata, e sei que a memória é fundamental para o futuro. Também por isso estou feliz com a notícia da homenagem que lhe é prestada por ocasião do centenário do seu nascimento.
Em 1983, Como eu gosto deste livro, o notável prefácio que escreveu para o magnífico livro de Haroldo Maranhão A Porta Mágica que editámos na Vértice assinala um dos momentos felizes de leitura e escrita em que pude participar.
Programa completo aqui
"Notabilizou-se como ensaísta, linguista e crítico literário e, entre muitos outros epítetos que cabem num percurso singular, foi o primeiro diretor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) no pós-25 de abril. Óscar Lopes é a Figura Eminente da U.Porto 2018, iniciativa que, ao longo do ano, se propõe a celebrar o legado desta personalidade ímpar da história da Universidade e figura central da cultura portuguesa da segunda metade do século XX e início do século XXI.", citado de:Óscar Lopes é a Figura Eminente da U.Porto 2018 « Notícias UP
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