sábado, março 11, 2017

Música, Alegria, Educação e Futuro



Lendo e relendo o que queremos que a gente da nossa terra seja e aprenda no próximo século, eis que a Música se desenha como área fundamental do caminho educativo. Fruindo, aprendendo, praticando, experimentando música ficamos mais capazes de som e silêncio, escuta e expressão, de falar e calar entre nós, sobre nós, com outros, sobre todos. Ou seja, a sermos melhores e tornar melhor o Mundo. Um mundo de gente igual por dentro, gente igual por fora. Capital da alegria.

É possível, necessário. E urgente.

Esta reflexão foi suscitada pelo documento em discussão pública
Perfil dos alunos à saída da Escolaridade Obrigatória, 
https://dge.mec.pt/sites/default/files/Noticias_Imagens/perfil_do_aluno.pdf.
E também por indignações várias nos jornais sobre a escassez de horas para Português e Matemática, como se educar gente fosse coisa de caixinhas separadas em disciplinas académicas, e se medisse em horas de relógio. O tempo que dedicamos a um assunto não está só no horário afixado na parede, mas também no tempo interior que alarga e se adensa com o interesse, o amor e a alegria que lhe conseguimos associar. O rigor que importa é o que se deseja e valoriza, por amar o que se aprende e pratica.

Espero sinceramente que a Música, como as artes em geral (incluindo as da palavra e as que usam matemática, que são todas, como ensina tantas vezes o Almada Negreiros), sejam entendidas como coração das propostas da escola. E se mantenham no coração das propostas da educação não formal. E que a Música, toda a Música
  • não seja proibida nem perseguida nas cidades e nos campos
  • não seja proibida nem perseguida nas escolas
  • seja acarinhada e respeitada nas escolas, em todas as escolas
  • não seja transformada em horror em lado nenhum
Porquê? Por desejar aos que vierem depois muitas capitais da alegria.

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