Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
quarta-feira, janeiro 28, 2015
segunda-feira, janeiro 26, 2015
C.S. Lewis on Why We Read | Brain Pickings
"A book is a heart that only beats in the chest of another,” Rebecca Solnit wrote in her gorgeous contemplation on reading. A century earlier, Kafka asserted in a memorable letter to his childhood friend that “a book must be the axe for the frozen sea inside us.” Indeed, the question of what books do for the human soul and spirit stretches from ancient meditations to contemporary theories about the four psychological functions of reading. But hardly anyone has articulated the enchantment of literature more succinctly yet beautifully than C.S. Lewis, a man deeply invested in the authenticity of the written word.
C.S. Lewis on Why We Read | Brain Pickings
sábado, janeiro 24, 2015
Memeoirs. Do chat do Facebook para a sua estante
“Com a aplicação web Memeoirs qualquer pessoa pode fazer um livro contendo as suas conversas online (email, Facebook, WhatsApp) de forma simples e intuitiva. Para isso basta seleccionar os contactos com quem se trocaram mensagens e imagens e o período em que as conversas ocorreram. A aplicação trata de fazer o download, filtrar e paginar o conteúdo com base nestas escolhas, de forma automática. O resultado final é um livro de capa dura, de qualidade idêntica aos que se encontram em livrarias”, explica Fred Rocha. São histórias que na realidade já estão escritas nos emails, no Facebook ou nos telemóveis dos clientes, mas que são desta forma compiladas, encontrando um veículo para a sua divulgação e duração. Mensagens de amor que estreitaram a distância na relação, apontamentos da viagem de três meses que o filho vai contando aos pais no WhatsApp, a mãe que escreve para o filho que ainda não nasceu, amigos ou familiares que se agrupam num chat e vão trocando ideias e experiências são as informações mais comuns que o “Memeoirs” ajuda a imortalizar.Memeoirs. Do chat do Facebook para a sua estante - Pag 2 de 3 | iOnline
Winston Churchill Centre fornece materiais educativos
Winston Churchill Centre - um labor a acompanhar e, quando possível, a imitar. Os planos de aulas sugeridos, por exemplo, são simples e eficazes.
sexta-feira, janeiro 23, 2015
Desabotoai os olhos, oh meus irmãos e irmãs
Coimbra, 26 de Janeiro de 1950 - O terror que se apoderou de todos transformou o mundo numa espécie de ordem religiosa, onde cada irmão vive sob o peso do pecado da consciência. Em vez de nos enfrentarmos com amor e coragem, andamos prudentemente ao lado uns dos outros com os olhos abotoados.
Miguel Torga, Diário V
domingo, janeiro 18, 2015
Literatura Agora
Um programa de TV novo. Na 1ª edição, os últimos minutos, acompanhando imagens o embalsamador, são memoráveis.
Literatura Agora. 2015, Portugal
Literatura Agora. 2015, Portugal
COMO
DIZER POESIA
Texto de Leonard Cohen, tradução de Vasco Gato, leitura de Pedro LamaresTomemos a palavra borboleta. Para usar esta palavra não é preciso fazer com que a voz pese menos de um grama nem dotá-la de asinhas poeirentas. Não é preciso inventar um dia de sol nem um campo de narcisos. Não é preciso estar-se apaixonado, nem estar-se apaixonado por borboletas. A palavra borboleta não é uma borboleta real. Existe a palavra e existe a borboleta. Se confundires estas duas coisas darás razão a quem queira rir-se de ti. Não atribuas grande importância à palavra. Estarás a tentar insinuar que amas as borboletas de uma forma mais perfeita do que qualquer outra pessoa, ou que compreendes a sua natureza? A palavra borboleta não passa de informação. Não é uma oportunidade para pairares, levitares, aliares-te às flores, simbolizares a beleza e a fragilidade, nem de modo nenhum personificares uma borboleta. Não representes palavras. Nunca representes palavras. Nunca tentes tirar os pés do chão ao falares de voar. Nunca feches os olhos, tombando a cabeça para um dos lados, ao falares da morte. Não fixes em mim os teus olhos ardentes ao falares de amor. Se quiseres impressionar-me ao falares de amor mete a mão no bolso ou por baixo do vestido e toca-te. Se a ambição e a sede de aplausos te levaram a falar de amor deverás aprender a fazê-lo sem te envergonhares a ti mesmo nem às tuas fontes. Qual é a expressão exigida pela nossa época? A época não exige expressão nenhuma. Já vimos fotografias de mães asiáticas enlutadas. Não estamos interessados na agonia dos teus órgãos remexidos. Não há nada que possas estampar no teu rosto que se equipare ao horror desta época. Nem sequer tentes. Apenas te sujeitarás ao desdém daqueles que sentiram profundamente as coisas. Já assistimos a películas de seres humanos em pontos extremos de dor e desenraizamento. Toda a gente sabe que andas a comer bem e que estás até a ser pago para estares aí em cima. Estás a actuar diante de pessoas que passaram por uma catástrofe. Tal facto deverá tornar-te bastante discreto. Diz as palavras, transmite a informação, chega-te para o lado. Toda a gente sabe que estás a sofrer. Não poderás contar à plateia tudo o que sabes sobre o amor a cada verso de amor que disseres. Chega-te para o lado e as pessoas saberão o que tu sabes por já o saberes. Nada tens para lhes ensinar. Tu não és mais belo do que elas. Não és mais sábio. Não lhes grites. Não forces uma penetração a seco. É mau sexo. Se revelares o contorno dos teus genitais, então cumpre o que prometes. E lembra-te que as pessoas não desejam propriamente um acrobata na cama. De que é que nós precisamos? De estar perto do homem natural, de estar perto da mulher natural. Não finjas que és um cantor adorado com um público vasto e leal que tem vindo a acompanhar os altos e baixos da tua vida até ao momento presente. As bombas, os lança-chamas e essas merdas todas não destruíram apenas árvores e aldeias. Destruíram igualmente o palco. Achaste que a tua profissão escaparia à destruição geral? Já não há palco. Já não há ribalta. Tu estás no meio das pessoas. Portanto, sê modesto. Diz as palavras, transmite a informação, chega-te para o lado. Fica a sós. Fica no teu canto. Não te insinues.Trata-se de uma paisagem interior. É por dentro. É privado. Respeita a privacidade do texto. Estas obras foram escritas em silêncio. A coragem da actuação é dizê-las. A disciplina da actuação é não as violar. Deixa que o público sinta o teu amor pela privacidade ainda que não haja privacidade. Sejam boas putas.
O poema não é um slogan. Não poderá publicitar-te. Não poderá promover a tua reputação de seres sensível. Tu não és um garanhão. Tu não és uma mulher fatal. Toda essa treta relacionada com os bandidos do amor. Vocês são estudantes da disciplina. Não representes as palavras. As palavras morrem se as representares, murcham, e a única coisa que sobrará será a tua ambição.Diz as palavras com a exacta precisão com que verificas uma lista de roupa suja. Não te comovas com a blusa de renda. Não fiques de pau feito ao dizer cuecas. Não te arrepies todo só por causa da toalha. Os lençóis não deverão suscitar à volta dos olhos uma expressão sonhadora. Não é preciso chorar agarrado a um lenço. As meias não estão lá para te recordar viagens estranhas e longínquas. É só a tua roupa suja. São só as tuas peças de roupa. Não espreites através delas. Veste-as.
O poema não é senão informação. É a Constituição do país interior. Se o declamares e deres cabo dele com nobres intenções, então não serás melhor do que os políticos que desprezas. Não passarás de uma pessoa a agitar uma bandeira e a realizar o apelo mais reles a uma espécie de patriotismo emocional. Pensa nas palavras como sendo ciência e não arte. Elas são um relatório. Tu estás a falar num encontro do Clube de Exploradores da National Geographic. As pessoas que tens à tua frente conhecem todos os riscos do montanhismo. Honram-te partindo desse princípio. Se lhes esfregares isso na cara, será um insulto à sua hospitalidade. Fala-lhes da altura da montanha, do equipamento que usaste, sê rigoroso em relação às superfícies e ao tempo que demoraste a escalá-la. Não manipules o público à caça de bocas abertas e suspiros. Se mereceres as bocas abertas e os suspiros, isso não se deverá à avaliação que fizeres do acontecimento, mas à que o
público fizer. Resultará da estatística e não do tremer da tua voz nem das tuas mãos a cortar o ar. Resultará dos dados e da discreta organização da tua presença. Evita os floreados. Não tenhas medo da fraqueza. Não tenhas vergonha do cansaço. O cansaço dá-te bom ar. O ar de quem seria capaz de nunca mais parar. Agora, entrega-te aos meus braços. Tu és a imagem da minha beleza.
sábado, janeiro 17, 2015
sexta-feira, janeiro 16, 2015
EU Court Rules Libraries can Make eBooks without Publisher Permission
The highest court in Europe has ruled that libraries can digitize books without publishers permission and distribute them to dedicated reading terminals. The decision rests on exceptions built into the EU Copyright Directive for reproducing and communicating intellectual property. Specifically it says that publicly accessible libraries may make works available at “dedicated terminals… for the purpose of research or private study.”Ler até ao fim da notícia, aqui:
EU Court Rules Libraries can Make eBooks without Publisher Permission
Ano Internacional da Luz, 2015
Se enciende el Año Internacional de la Luz | Organización de las Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la CulturaMás de mil personas participarán en los dos días de actos, que reunirán a representantes políticos, industriales y científicos de alto nivel. Intervendrán en particular cinco Premios Nobel: Ahmed Zewail (“La luz y la vida”), Steven Chu (“Energía y cambio climático: desafíos y oportunidades”), William Phillips (“Einstein, el tiempo y la luz”), Serge Haroche (“Luz y quantum”) y Zhores Alferov (“Conversión y generación de la lz”). Habrá asimismo sesiones temáticas dedicadas al papel de las tecnologías ópticas en materia de desarrollo, el porvenir de estas tecnologías o las soluciones prácticas que pueden aportar.
La Declaración de Shenzhen subraya la importancia de los mediadores en el ámbito digital
La Declaración de Shenzhen subraya la importancia de los mediadores en el ámbito digital
quinta-feira, janeiro 15, 2015
Una furtiva lagrima - Brownlee, Pavarotti and Caruso versions
Una furtiva lagrima
negli occhi suoi spuntò:
Quelle festose giovani
invidiar sembrò.
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M’ama! Sì, m’ama, lo vedo. Lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir, confondere
per poco a’ suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir,
confondere i miei coi suoi sospir…
Cielo! Si può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Ah, cielo! Si può! Si, può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Si può morir! Si può morir d’amor
negli occhi suoi spuntò:
Quelle festose giovani
invidiar sembrò.
Che più cercando io vo?
Che più cercando io vo?
M’ama! Sì, m’ama, lo vedo. Lo vedo.
Un solo istante i palpiti
del suo bel cor sentir!
I miei sospir, confondere
per poco a’ suoi sospir!
I palpiti, i palpiti sentir,
confondere i miei coi suoi sospir…
Cielo! Si può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Ah, cielo! Si può! Si, può morir!
Di più non chiedo, non chiedo.
Si può morir! Si può morir d’amor
Una furtiva lagrima - Brownlee, Pavarotti and Caruso versions - andantemoderato.com
sexta-feira, janeiro 09, 2015
quinta-feira, janeiro 08, 2015
terça-feira, janeiro 06, 2015
The Future of Libraries Has Little to Do with Books
And while it’s not all good news—one of America’s oldest public libraries, the Darby Free Library in Pennsylvania, struggled to stay open last year—reimagining the library as a gathering of people, rather than a collection of books, bodes well for the institution’s future.
The Future of Libraries Has Little to Do with Books
sábado, janeiro 03, 2015
Desemperrar
"Não é tarefa então para preguiçosos físicos, não é tarefa para músculos perros. Ler é um acto que demora. Ler é obrigar o olhar a caminhar muito lentamente, a avançar a uma velocidade mínima... ler é um acto de resistência física, de paciência física da visão."
Gonçalo M. Tavares; Atlas do corpo e da imaginação
quinta-feira, janeiro 01, 2015
Pensamentos da época
1
De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?
Quando os livres têm que viver entre os não-livres?
Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa?
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor;
A faça supérflua!
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade
Faça supérfluo!
Por criar uma situação que faça da sem-razão dos indivíduos
Um mau negócio!
De que serve a bondade
Quando os bondosos são logo abatidos, ou são abatidos
Aqueles para quem foram bondosos?
Quando os livres têm que viver entre os não-livres?
Quando só a sem-razão arranja a comida de que cada um precisa?
Em vez de serdes só bondosos, esforçai-vos
Por criar uma situação que torne possível a bondade, e melhor;
A faça supérflua!
Por criar uma situação que a todos liberte
E também o amor da liberdade
Faça supérfluo!
Por criar uma situação que faça da sem-razão dos indivíduos
Um mau negócio!
De que
serve a liberdade
De que
serve a razão
2
Em vez de
serdes só livres, esforçai-vos
Em vez de
serdes só razoáveis, esforçai-vos
Bertold
Brecht
em 'Lendas, Parábolas, Crónicas, Sátiras e outros Poemas',
com tradução de Paulo Quintela
Rosa como aço
Janete Mehl.Daqui |
NOVO ANO
Sempre que recomeço
eu descuro o tempo
tentando seguir o próprio passo
que acabou
desenredando os nós
à minha frente
tanto pode ser
um outro tempo
eu entreteço
um ano de luz
no seu começo
pelo trilho do ano
do seu baraço
E aquilo que é futuro
rosa como aço
Mas ao querer entender
sonho, poesia, liberdade
Maria Teresa Horta, 31 de Dezembro de 2014
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