domingo, fevereiro 10, 2019

Netos de Aristides de Sousa Mendes acusam em tribunal defensores de Salazar. Justiça e memória!



Grata à Família que assim se continua a ilustrar, para bem de todos nós. Recorde-se que Aristides de Sousa Mendes, cônsul de Portugal em Bordéus no ano de 1940, pela sua fraternidade, bravura e compaixão, salvou milhares de pessoas, e pagou o preço da ruína por isso.

Aristides e Salazar voltam a encontrar-se em tribunal: O rol das acusações não é curto (ofensa à memória de pessoa falecida e difamação, por exemplo). Mas inclui também um crime de que não há memória de ter sido alguma vez julgado em Portugal: negacionismo do Holocausto. Este está previsto no artigo 240.º do Código Penal e prevê uma pena de prisão de seis meses a cinco anos para quem, publicamente, proceder à "apologia, negação ou banalização grosseira de crimes de genocídio, guerra ou contra a paz e a humanidade".

Essa acusação - que agora o tribunal terá de dirimir, julgando-a ou não - surge porque os réus terão desvalorizado a ação de Sousa Mendes em junho de 1940 em Bordéus com o argumento de que, nessa altura, os judeus não estavam verdadeiramente em perigo.

"Aristides não salva ninguém da morte"


Os autores da queixa são quatro netos do cônsul: António Pedro, Guy Gerald, Sheila Pierce e Aristides. E os réus da Texto Principal (editora proprietária do semanário O Diabo), Duarte Branquinho e Miguel Mattos Chaves (ambos ex-diretores daquele jornal), Carlos Fernandes (um embaixador reformado) e João Brandão Ferreira (coronel reformado). A estes os queixosos pedem, ao todo, 150 mil euros de indemnização cível.

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