Companhia de Diamantes de Angola Andrada – Mulheres de trabalhadores contratados, regressando de uma distribuição de mandioca, feita pela Secção de Propaganda e Assistência à Mão de Obra Indígena da Companhia (início do século XX).
O ponto de vista que adotei, enquanto historiador e argumentista da série, é um ponto de vista da história de Portugal. Estamos a contar a História do ciclo africano do império, a partir de um ponto de vista de um historiador português. Ou seja, a partir dos fatores que contribuíram para a abertura e falência desse ciclo. Esse ponto de vista é claramente assumido. Não estamos a fazer nem a História de Angola nem de Moçambique. Estamos a fazer a história a partir de um ponto de observação que é a sociedade portuguesa: como nasceu o moderno colonialismo na sociedade portuguesa, como concorreu com os outros capitalismos modernos das potências europeias imperiais, e como é que esse colonialismo acabou por derrotar e se envolver numa guerra sem fim que durou 13 anos, e perdê-la. Essa é a história. Há outras formas de a contar, mas esta foi a que escolhemos.
Fernando Rosas
“As histórias de crimes do colonialismo neste século estão largamente por contar”, entrevista a Fernando Rosas | BUALA
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