Cidades e mobilidades - amigas ou inimigas da leitura Imagem daqui |
Um "inimigo "da leitura, ou do hábito da leitura, é, além do custo financeiro, o tempo para ler: quem tem tempo livre para tal? Onde há bons transportes públicos, e planeamento urbanístico tendo em conta a qualidade de vida das pessoas, a mobilidade diária de jovens e adultos permite tempo "livre" para ler. Quem tem de conduzir, fica com menos essas horas para ler ou imaginar... isto não é tudo questão de educação, escola, promoção, edição, escrita, mercado, a vida, a vida e o trabalho que nos organizam/desorganizam tem muito que ver.
"Quanto ao perfil do leitor português por suporte, a investigação desvenda o seguinte:
- Leitores de livros: perfil feminizado (64% dos leitores são mulheres e 49% são homens), juvenilizado (quanto mais elevado o escalão etário, menor a percentagem de leitores), escolarizado (foi encontrada uma relação directa entre a prática da leitura e o grau de escolaridade: 89% dos leitores de livros completaram o ensino médio-superior), com destaque claro no indicador ‘Estudantes’.
- Leitores de jornais: perfil masculinizado (91% dos leitores são homens e 76% são mulheres), sensivelmente mais idoso e com níveis de escolarização básico e secundário.
- Leitores de revistas: perfil feminizado (83% dos leitores são mulheres e 62% são homens), relativamente juvenilizado (a relação entre a prática da leitura e a idade é inversa), com níveis de escolaridade relativamente baixos."
Fonte: Paula Cristina Lopes, p.11
http://bocc.ubi.pt/pag/lopes-paula-habitos-de-leitura-em-portugal.pdf
Amanhã, dia 8 de setembro,comemoremos o Dia Internacional da Literacia (ou da Leitura, ou da Alfabetização), afinando as nossas ambições:com o lema de 2016 proposto pela Unesco:
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