Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
quarta-feira, agosto 21, 2013
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
A meu favor tenho uma rua em transe
Um alto incêndio em nome de nós todos
Alexandre O'Neill
(19 de Dezembro de 1924 -21 de Agosto de 1986)
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