Quarenta e cinco minutos em silêncio, a ler. Ideia da biblioteca escolar, cumprida a 4 de Maio do Ano da Graça de 2011, em Lisboa |
Este post parece excepção à decisão do blog de apenas registar poesia, prosa, filosofia.
Parece mas não é.
Serve o presente e suave cartaz para recordar a preciosa e discreta valia
que se vai produzindo nos dias das bibliotecas
que nas escolas persistem, mesmo se contra vozes mais ouvidas
a fazer valer silêncio e palavra,
matérias úteis à criação de pensamento.
Em cada vez mais escolas, sem precisar de mais dinheiro nem equipamentos, só de vontade e imaginação, fazem-se re-valer os livros que já se reuniram, mais os que quase todos têm para mostrar e partilhar. São dias que podiam ser como todos os outros, mas de repente não são, inconformam-se, descobrem minutos ou mesmo horas aprazadas para o silêncio e a leitura, sem medidas de quantas linhas, quantas obras, quantas respostas certas.
Estes dias reconciliam-nos.
Estes dias reconciliam-nos.
No cartaz não se vê a alegria, nem os serenos sorrisos e olhares, o tempo a ganhar alcance e dimensão em cada leitor, cada leitora. Sem limite de idade, categoria, condição académica, posição no ranking dos exames. Basta ser e ler. E são, e lêem.
Alegria e sentir transparecem nas fotografias que sempre se tiram, qualquer telemóvel serve, e qualquer mão tem um telemóvel a jeito.
Alegria e sentir transparecem nas fotografias que sempre se tiram, qualquer telemóvel serve, e qualquer mão tem um telemóvel a jeito.
E o mistério maior é a adesão de toda a gente, e a replicação simples e sem directivas oficiais ou outras, que se vai fazendo por esse País fora, sempre de modos diferentes, com um toque "da casa".
Às vezes fui feliz, e pude estar lá.
Assim seja!
1 comentário:
Uma iniciativa a pôr em prática noutras bibliotecas escolares, para ressuscitar muitos livros e estender a todos esse silêncio habitado, preenchido, que é o do encontro com os livros e a leitura. Parabéns!
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