Nos últimos cento e cinquenta anos, os portugueses conviveram com várias epidemias, cólera, peste bubónica, tifo, gripe pneumónica, varíola.
O Porto foi uma cidade especialmente martirizada, porque, mais do que Lisboa, era um cidade industrial e tinha atraído milhares de pessoas vindas da província para as novas fábricas. As condições de vida deste operariado eram miseráveis. As "ilhas", que forneciam habitação barata aos operários, eram particularmente insalubres, e isso pagava-se em vidas. Poucas epidemias como o tifo eram tão declaradamente uma doença das "classes baixas", dos que viviam nas alfurjas das cidades.
O tifo era transmitido pelo piolho e o mundo da pobreza era também o mundo do piolho. Este cartaz não datado, mas provavelmente dos anos 20-30, mostra o inimigo, o piolho, em todo o seu esplendor maligno.
Fonte: Ephemera Diário, 2020
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