domingo, abril 14, 2019

Alexandria e a história de uma fake new centenária

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DE JEVENOIS, Pablo (2009). Biblioteca de Alexandria : o enigma revelado. Lisboa : Ésquilo. Trad. Cleto Saldanha


Bela leitura, a desconstruir mitos - os da destruição da Grande Biblioteca de Alexandria, a sedutora, fundada em 295 a. C pelo rei Ptolomeu I  conjuntamente com o Museion, ou Mansão das Musas.
Afinal, a Grande Biblioteca de Alexandria terá sido destruída por uma manobra de Júlio César no séc. I a. C. A sua última parte, a Biblioteca Filha, acabaria no séc. IV, pela acção do bispo Teófilo e dos seus monges.
A memória, persistente, de tal maravilha alimentaria a sobrevivência de um mito, o da sua destruição durante a conquista de Alexandria pelos árabes (séc. VII), aparentemente contada por um bispo cristãp oriental, Abulfaragius (séc. XIII), que foi lido por um clérigo anglicano, Pococke, que a difundiu com eficácia no séc. XVII, consolidando uma lenda que chegou ao séc. XXI.  Hoje, diríamos: fake news...
Dois mil anos, tanto tempo para os humanos, mesmo que seja um breve suspiro na vida do planeta.

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