quinta-feira, agosto 20, 2015

Dar a cara pelo amor


(Sobre o amor)
EXTRATO DA ENTREVISTA DADA EM 2012 POR ALEXANDRE QUINTANILHA E RICHARD ZIMLER A ANABELA MOTA RIBEIRO:
"Como é que se conheceram? 
AQ – Num café. 
RZ – Num café maravilhoso. 
AQ – Num café maravilhoso em São Francisco, que se chama Café Flore, como o de Paris. Ia lá ao domingo de manhã tomar um café e comer um muffin. Estava a conversar, estava a falar de Proust – pretensioso e intelectual! – e ele apareceu com mais duas pessoas. De repente os nossos olhos cruzaram-se. Achei-o lindíssimo, porque era e por que é. Eu estava a falar e a pessoa com quem eu estava levantou-se para ir buscar um café; ele veio ter comigo e começou a conversar. “Por que é que não vamos?”. E eu disse: “Deixa-me pelo menos acabar a conversa”. Acabei a conversa e fomos. Estivemos uns três dias juntos, sem parar. 
RZ – Fomos ao meu apartamento, que eu partilhava com duas pessoas. No meu quarto não havia móveis. Dormia em cima de um colchão de sumaúma que tinha comprado por cinco dólares. Estava limpo, tinha lençóis, mas eu não tinha dinheiro nenhum. 
AQ – A parte mais importante do corpo de uma pessoa é a cara."

Bela entrevista. Obrigada pela lembrança e pela foto, Isabel Duarte

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