sábado, maio 26, 2012

No pity, but respect



“People are wrong when they think that an unemployed man only worries about losing his wages; on the contrary, an illiterate man, with the work habit in his bones, needs work even more than he needs money. An educated man can put up with enforced idleness, which is one of the worst evils of poverty. But a man like Paddy, with no means of filling up time, is as miserable out of work as a dog on the chain. That is why it is such nonsense to pretend that those who have 'come down in the world' are to be pitied above all others. The man who really merits pity is the man who has been down from the start, and faces poverty with a blank, resourceless mind.” 

(George Orwell, Down and Out in Paris and London)



Não queremos piedade, exigimos respeito


Está errado quem pensar que um homem desempregado só se preocupa com a perda dos seus salários; pelo contrário, um homem iletrado, com o hábito do trabalho enraizado, precisa de trabalho ainda mais do que precisa de dinheiro. Um homem culto pode aguentar a inatividade forçada, que é um dos piores males da pobreza. Mas um homem como Paddy, sem meios para preencher o seu tempo, é tão miserável sem trabalho como um cão acorrentado. É por isso que é um disparate tamanho pretender que os caírem em desgraça são, entre todos, os mais dignos de piedade. O homem que é realmente digno de pena é o homem que esteve por baixo desde sempre e que encara a pobreza com um espírito vazio e sem recursos.

(George Orwell, Down and Out in Paris and London)

Retirado (citação e imagem), do blog Abrupto (21.5.2012) daqui

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