A pior existência torna-se tolerável se nos virmos como uma persona, que um dia será tão estimada como David Copperfield ou Jane Eyre. Mas esta operação, o método de Dulce, envolve uma dificuldade. É preciso ter lido algum autor, como Dickens ou as irmãs Brontë. É preciso ter lido. Na biblioteca itinerante da Gulbenkian ou na biblioteca municipal de uma aldeia obscura de Trás- -os-Montes. Livros grandes, como preferia a Dulce, que durassem uma semana ou toda a quinzena da requisição, até ao regresso da esplendorosa viatura com portas de estribos, faróis como olhos perscrutantes, abrindo-se pela retaguarda como uma baleia invertida e revelando estantes laterais por dentro da chapa ondulada.
Quando desaparecemos | iOnline
Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Ladrões de Bicicletas: A tirania do mérito
Ladrões de Bicicletas: A tirania do mérito : « Quem alcançou o topo, passou a acreditar que o sucesso foi um feito seu, uma medida do seu ...
-
PORTUGAL (de Jorge Sousa Braga, 1981) Portugal Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me sentir como se tivesse oitocentos Que ...
-
Senhores, sou mulher de trabalho, e falo com poucas maneiras, porque as maneiras, são como a luva que calça o ladrão. Ás vezes, eu ponho-me...
-
CANTIGA PARA QUEM SONHA Tu que tens dez reis de esperança e de amor grita bem alto que queres viver. Compra pão e vinho, mas rouba uma fl...
Sem comentários:
Enviar um comentário