A conservação da memória, hoje, torna imperioso fazer eliminações com base em critérios de selecção objectivos e rigorosos, que implicam o estabelecimento de princípios fundamentadores para essa selecção, bem como o domínio das tecnologias para garantir uma migração sucessiva de suportes, necessária devido à rápida obsolescência do hardware e do software. Ou, dito de outra forma, torna-se quase inevitável que a decisão sobre o que se vai conservar seja tomada logo no momento da criação, implicando isso que, ao nível tecnológico, sejam respeitados os requisitos necessários para garantir a perdurabilidade a longo termo, em condições de leituraadequadas. Caso contrário, teremos registos de informação obsoletos, impossíveis de descodificar, a não ser que se guardem as máquinas tal qual peças de museu.
Fernanda Ribeiro, num artigo agora relido e bem actual
Gestão da Informação / Preservação da Memória na era pós-custodial: um equilíbrio precário?
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