Fim de semana Estirado na areia, a olhar o azul,ainda me treme o parvalhão do corpo,do que houve que fazer para ganhar o nosso,do que houve que esburgar para limpar o osso,do que houve que descer para alcançar o céu,não digo esse de Vossa Reverência,mas este onde estou, de azul e areia,para onde, aos milhares, nos abalançamos,como quem, às pressas, o corpo semeia.
Alexandre O´Neill Poesias Completas : 1951/1981. Imprensa Nacional Casa da Moeda |
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