sábado, setembro 16, 2006

Retorno a 1996, 5 de Janeiro - a gente acreditava, acreditou, acreditasse!


CARTA DE DIREITOS DO ALUNO NA ERA DA INFORMAÇÃO


Os nossos estudantes estão perante um futuro rico em informação onde a mudança será uma das raras constantes da sua vida. Para se adaptarem e desenvolverem plenamente o potencial de cada um, terão de ser capazes de aprender ao longo de toda a vida, e de tomar decisões de forma autónoma.

Acreditamos que todos os estudantes têm direito a poder:

  • dominar as competências necessárias ao acesso à informação, qualquer que seja i suporte em que se apresente (impresso, não impresso, electrónico);
  • compreender e dominar competências eficazes na pesquisa da informação e na sua presentação;
  • desenvolver a sua capacidade de avaliar, seleccionar, sintetizar e utilizar informação proveniente de diversas fontes e diversos media;
  • utilizar os dados e a informação para alargar a sua base pessoal de conhecimentos;
  • explorar a utilização da informação, de forma criativa;
  • compreender a sua herança cultural e a sua História, bem como a Cultura e a História de outras sociedades e grupos sociais;
  • melhorar a sua capacidade de auto-conhecimento, aprofundando o gosto e o prazer da leitura;
  • explorar valores e crenças dos outros lendo obras de todo o mundo;
  • pensar criticamente, e tomar decisões com base quer nas necessidades e nos valores de cada um, quer na evidência dos factos;
  • participar activamente nas decisões relativas à sua própria aprendizagem
A informação é um componente vital no desenvolvimento do pensamento crítico e na tomada de decisões autónoma, e, assim, o acesso a um corpus de informação disponível que não cessa de aumentar é vital para o desenvolvimento do potencial de cada aluno.

Acreditamos, por isso, que todos os alunos devem ter direito a:
  • ter acesso, para a sua aprendizagem, a um amplo conjunto de recursos (impressos, não impressos, electrónicos), de nível adequado;
  • explorar materiais que exprimam variedade de opiniões e de perspectivas;
  • escolher livremente o que lêem, visiona e ouvem, para os seus estudos ou para os seus tempos livres.
Aprovado pela Direcção da Associação Canadiana de Professores-Bibliotecários (Teacher-Librarians Canadian Association) em 10/09/05.

Divulgado pela IASL (International Association of School Librarianship) – www.iasl-slo.org

Trad. M. José Vitorino (1996), a partir das versões em inglês (1995) e francês(1996)

Incluído na documentação distribuída aos participantes (700) do I Encontro Nacional sobre Documentação e Informação na Escola, org. BAD, Lisboa, Fund. Calouste Gulbenkian, 4-5 Janeiro 1996
in Cadernos de Biblioteconomia, Arquivística e Documentação, 1996 (2), p. 65-66. / ed. BAD Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas

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