domingo, novembro 18, 2018

Paulo Nozolino - lutar contra a desmemória

 Paulo Nozolino durante a inauguração de uma das suas últimas exposições em Lisboa, em 2011

ANA BAIÃO
A fotografia é agora um lugar comum, uma prática chinesamente democrática graças ao telemóvel. A voracidade de fazer imagens e de as disseminar criou um novo problema. A mediocridade e a banalização de tudo o que nos rodeia. Niepce ficaria estupefacto, se fosse vivo. O que demorou quase dois séculos a ser consolidado, foi destruído em apenas dez anos", disse referindo-se ao Instagram e às redes sociais sem nunca as citar.
Das suas palavras ficam ainda dois sinais de esperança: no livro ("o único meio de preservar a memória") e na promessa de continuar a trabalhar ("a fotografia é a minha maneira de lutar contra a desmemória, a minha maneira de estar vivo e a única coisa que tenho para dar"). O livro em causa é também isso mesmo: um repositório das viagens e das memórias de um fotógrafo. 


Paulo Nozolino: “Entre vós estão cínicos, invejosos e inimigos. Se tivessem coragem sairiam neste momento da sala”

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