"Nunca como hoje, o trabalho esteve tão distante da satisfação e realização humanas. Nunca como hoje, a ameaça do regresso a formas do passado pré-capitalista nas relações laborais, ilustrou de forma tão absoluta os caminhos possíveis da continuidade da acumulação capitalista. (...) Em Portugal a economia é grandemente devedora do trabalho escravo das colónias e após a abolição jurídica da escravatura em 1878, da sua continuidade através do trabalho forçado. "
Destaco este troço do artigo de Raquel Varela e João Carlos Louçã, publicado hoje, sobre uma questão controversa entre os historiadores - até quando persiste em Portugal o trabalho forçado, tendo sido a escravatura legalmente extinta em 1878, e com que consequências?
A ler com atenção, para pensar mais e melhor. Incluindo a bibliografia, que recupera um dos livros que mais me impressionou sobre Angola, disponível on-line na 2ª ed. revista, preparada por Suzanne Daveau (2014), que nos alerta, carinhosa:
Espera-se que a reedição de mais este livro de Orlando Ribeiro
tenha permitido aos seus herdeiros espirituais abrir-lhe uma larga
audiência perto das novas gerações e de todos os que sabem que o
conhecimento do passado é ferramenta indispensável para conceber
e tentar construir acertadamente o futuro.
RIBEIRO, Orlando. A colonização de Angola e o seu fracasso. Imprensa Nacional Casa
da Moeda, Lisboa, 1981
2ª ed., revista, 2014 https://www.incm.pt/portal/bo/produtos/anexos/10253920141029115454084.pdf
TN24_01.pdf
Sem comentários:
Enviar um comentário