Imagem daqui
A importância da imaginaçãoAntónio Damásio não tem dúvidas em afirmar que "é muito mais fácil ensinar matemática e ciência do que artes", posição com que Ken Robinson, especialista britânico em educação artística e criatividade, concorda. "As artes exigem tempo e um tipo de empenho diferente", diz. "Muitas vezes os professores não estão lá para ensinar os alunos, mas para ensinar matérias. A preparação para as artes não é tão boa como a retórica sobre as artes." Robinson, que hoje vive nos Estados Unidos e é consultor do J. Paul Getty Center de Los Angeles, defendeu em Lisboa que a imaginação é tão importante para os alunos do século XXI como os números e as letras, apesar de as artes estarem quase sempre no fim da lista de prioridades do ensino escolar público."Temos tendência a separar as artes da ciência, quando na realidade são complementares. Os grandes cientistas são incrivelmente criativos e intuitivos. O processo científico valida, demonstra. É a imaginação que cria." Para Robinson, as artes devem ser vistas como motor de transformação do sistema de ensino: "Gastamos muito tempo e energia a tentar fazer com que o actual sistema de ensino assimile as artes, quando devíamos era pensar em formas de criar, através delas, um sistema novo." (Conferência da Unesco, 2006)
"É muito mais fácil ensinar matemática e ciência do que artes" - PÚBLICO
2 comentários:
Efetivamente é uma pena que nos currículos escolares sejam valorizadas só algumas áreas. outras. O ensino é cada vez mais formatado e os alunos não são estimulados a criar.
Quando se fala em reorganização curricular ou mudanças do currículo o meu espírito resiliente leva-me a pensar que a mudança se revela mais risonha "É desta que as expressões e a criatividade vão ser o estandarte". Infelizmente, tal não se a concretizar.
Tenho saudades das crianças e dos jovens que com a sua imaginação nos deslumbravam e do tempo... do tempo em que na escola se dava tempo ao sonho!
Por isso a quem de direito peço para que essa responsabilidade do criar não fique apenas a cargo da escola, mas também de quem nos seus plenos poderes estabelece currículos, metas e objetivos. Por favor valorizem também as expressões (o desenho, a pintura, a música, a arte cénica, a poesia). Permitam que os nossos jovens seja mais que resultados escolares, testes e exames... que ganhe cor, entusiasmo e alegria.
Não sei se era suposto comentar. Desculpem o desabafo.
Enviar um comentário