Fotografias que nos chegaram dos corpos a serem incinerados,
tiradas de dentro de um forno crematório de Auschwitz-Birkenau,
por um membro de um Sonderkommando
que é um texto de Serge Daney sobre Noite e Nevoeiro, de Alain Resnais,
que ele defende como um “ filme justo” (Lanzmann tinha-o proscrito)
e perguntando a certa altura do seu texto: “É um ‘belo’ filme? Não, é um fime justo.
Kapo é que queria ser um belo filme e não o era."
O Filho de Saul faz emergir implicitamente este longo debate.
Não é apenas um filme que mostra o inferno a que desciam os Sonderkommando,
é também um filme sobre filmes e as questões que eles levantaram.
António Guerreiro, 2016
Uma questão de imagens e de moral - PÚBLICO
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