sábado, abril 19, 2014

O caminho da esperança que resta



João Apolinário ensinou o caminho da esperança que resta, e o poema que Luis Cília cantou estará na memória de muitos. Redescobri agora mais alguns poemas deste anarquista português que viveu entre Portugal e o Brasil, como este, mesmo a clahar em tempos de Páscoa:

POEMA

Não vergues o dorso
não estendas a mão
não faças o esforço
da tua razão 

Recusa esse preço 
confere a balança
e pesa do avesso
o avesso da esperança.

O valor que te dão 
pela venda - rejeita -
é a troca de um grão
por toda a colheita

A moeda corrente
só terá valor
se incluir a semente
e dividir a flor.

João Apolinário
(1961)

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