Os passos a que ando, um atrás do outro, como as letras em carreirinha, do fim para o princípio.
sexta-feira, fevereiro 18, 2005
Passar das horas, segredo de ler
Mas eram sobretudo o vento
Havia quem dissesse
Nós só procurávamos a sombra
quarta-feira, fevereiro 16, 2005
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
sábado, fevereiro 12, 2005
Ver desafios onde outros veem destinos
"Existe uma identidade indissolúvel entre o fim e os meios. Os meios têm que ter uma identidade inconfundível com os objetivos que a gente se propõe conquistar. A maneira de chegar até esses objetivos, passo a passo, consciência a consciência, casa a casa, precisa manter a identidade daquilo que você faz com aquilo que você quer fazer. Porque às vezes, em nome do realismo, o cinismo vira uma sorte de destino inaceitável.
Eu sou condenado a aceitar a realidade porque não posso mudá-la. Não é assim.
Não vemos a realidade como um destino, mas sim como um desafio. Ela está nos desafiando. A definição de quais são os meios para enfrentá-la é um ponto mais complicado. Você pode cair na tentação de começar a trair demais os seus objetivos em nome de seus objetivos imediatos, perdendo de vista a sua própria imagem. Você procura você no espelho e não percebe que não está lá”.
Dá que pensar, não é?
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Dispender com a leitura como o fazem com outras "recreações"?
Newspapers will presumably continue until television technique reaches a higher level, but apart from newspapers it is doubtful even now whether the great mass of people in the industrialized countries feel the need for any kind of literature. They are unwilling, at any rate, to spend anywhere near as much on reading matter as they spend on several other recreations. Probably novels and stories will be completely superseded by film and radio productions. Or perhaps some kind of low grade sensational fiction will survive, produced by a sort of conveyor-belt process that reduces human initiative to the minimum.
(in "The Prevention of Literature", George Orwell)
posted by Draw at 3:31 PM no blog O EsquemaVera Drake
Artigo notável de Maria José Oliveira, sobre o filme Vera Drake.
Se os homens engravidassem, o aborto seria um sacramento, diz ela, e mais coisas.
O filme vale a pena e dá vontade de escrever e falar e contar desta terra onde o que em Inglaterra há 50 anos ainda havia, aqui, e hoje, em modo pior mesmo que na Irlanda e na Polónia, ainda (!) há.
Como em qualquer leitura, ouvir contar pode entusiasmar, mas não substitui o individual olhar e entender. Isto vale para o artigo e para o filme, claro.
Também eu!
Como gostaria de ser recordado?
Que me recordem como alguém que foi feliz na sua profissão - fiz o melhor que soube sempre com imensa alegria.(memória de Canto e Castro, actor recentemente partido daqui, em entrevista à Pública)
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