terça-feira, março 31, 2015

Melodia proibida

Wolinski

Uma emoção pequenina
me vem do lado de lá.
Rompe através da cortina
que envolve o mundo de cá.
Chega ofegante e risonha
a escorrer gotas de orvalho.
Nuns farrapos de vergonha
tem todo o seu agasalho.
Dá-lhe o sol num de repente.
Fulge rápida, num grito.
Flor de silêncio estridente,
continente de infinito.
Gota de som, dedilhada
em fios de Sol, chispando
espirros de luz irisada
como guizos tilintando.
Chama do espírito vivo
a velar corpo de luto.
Essa é a onda que escuto
quando sorrio sem motivo.
António Gedeão
Belamente lido aqui

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